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Plano de arborização é tema de debate em RP 

Objetivo é promover a integração entre as secretarias e assegurar uma cidade resiliente e sustentável 

Pesavau quer promover uma cidade mais sustentável, promotora da qualidade de vida para a população e resiliente frente às novas condições climáticas (  FL Piton/Arquivo )

Na última sexta-feira, 21 de março, técnicos das secretarias de Meio Ambiente e Planejamento e Desenvolvimento Urbano debateram o Plano Estratégico de Áreas Verdes e Arborização Urbana (Pesavau), buscando integrar as demais pastas envolvidas e apresentar os principais dados identificados até o momento.  
 
O Pesavau tem como objetivo promover uma cidade mais sustentável, promotora da qualidade de vida para a população e resiliente frente às novas condições climáticas, fenômenos que vem sendo presenciados em todo o mundo.  
 
“Hoje não estamos trabalhando apenas para garantir a preservação ambiental, esse é um dos pilares principais desse plano, que traz diversas etapas para atingir esse objetivo”, afirma o especialista em ciências ambientais da Secretaria de Meio Ambiente, Perci Guzzo.  
 
Contudo, precisamos assegurar que no futuro essa cidade seja resiliente e saudável, isto é, que seja um local seguro e bom para se viver, visto as condições insalubres que as mudanças de clima e temperatura vem gerando no meio ambiente, como as fortes ondas de calor enfrentadas no ano passado. 
 
No ano passado, Ribeirão Preto enfrentou oito ondas de calor extremo e registrou 116 dias com termômetros marcando acima de 40 graus Celsius, em média. Ou seja, as altas temperaturas castigaram o ribeirão-pretano em quase um terço de 2024, o equivalente a 31,78% do período. A onda de calor é caracterizada quando a temperatura fica, por pelo menos cinco dias seguidos 
 
O Pesavau vem sendo estruturado em quatro grandes eixos, sendo eles: a ampliação e diversificação da floresta urbana e do sistema de áreas verdes; proteção, manejo e monitoramento das áreas verdes; educação ambiental e comunicação; integração institucional e gestão.  
 
Com a execução do plano foi possível, dentre outros resultados, a elaboração de uma metodologia para identificação de zonas de calor no município. Através do cruzamento de dados entre as temperaturas de superfície e os índices de vegetação arbórea é possível identificar as regiões mais quentes e com maior necessidade de arborização.  
 
“Agora é o melhor momento para avaliarmos os resultados das ações de arborização na cidade e pontuarmos as áreas de calor, visto que está acabando o período de chuvas. Até o momento, as regiões com maior índice de calor são a Norte e a Central” pontua o biólogo da Secretaria de Meio Ambiente, Matheus Felipe.  
 
Neste cenário, buscando aumentar a cobertura vegetal na área urbana e reduzir as zonas de calor, a gestão municipal intensificou as ações de plantio na cidade, principalmente na região Norte, com mais de onze mil árvores plantadas até o momento. 
 
Uma das primeiras medidas quando há necessidade de adequação para intervenção viária ou estrutural é tirar uma árvore. Por isso é importante trabalharmos de forma planejada, assim asseguramos o paisagismo, prevemos regiões para novos plantios e conservamos as áreas de arborizações já consolidadas”, diz o arquiteto e urbanista da Secretaria de Planejamento, Tiago Zanetti. 
 
O Pesavau também identificou outros dois resultados: a atualização do Cadastro de Áreas Verdes Públicas e a publicação de uma listagem de espécies arbóreas indicadas para o plantio em calçadas, canteiros de avenidas, trevos e rotatórias. 
 
O plano segue em elaboração, em conjunto com as secretarias de Meio Ambiente, Planejamento e Desenvolvimento Urbano, Infraestrutura, Educação, Saúde, Água e Esgoto (Saerp) e Guarda Civil Metropolitana (GCM). Em janeiro, a Secretaria Meio Ambiente lançou o Programa Planta Aí Ribeirão com o objetivo de reduzir o déficit de arborização urbana, que atualmente é de cerca de 18%, buscando alcançar 30% de vegetação na cidade. 
 
A meta para os primeiros 90 dias de 2025 é plantar doze mil árvores. Estão sendo plantadas 77 espécies nativas, incluindo árvores frutíferas e ornamentais, como i-branco, i-roxo, goiabeira vermelha, goiabeira branca, sombeiro e palmeiras. Além de contribuir para a redução do déficit de arborização, o programa também visa melhorar a sensação térmica na cidade, que tradicionalmente é quente, e promover benefícios ao clima local.  
 

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