Por: Adalberto Luque
O cabo da Polícia Militar Arthur Filgueira Cintra, de 28 anos, vai a júri popular pela morte do comerciante João Vitor Moura Rangon, de 27 anos, ocorrido em 2 de outubro do ano passado. A decisão foi anunciada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP).
O TJ considerou que o PM usou recurso que dificultou a defesa da vítima, ao disparar contra o rapaz enquanto ele ainda estava no carro. Cintra foi preso em flagrante no dia da perseguição, mas foi liberado em audiência de custódia.
A Justiça Militar, todavia, determinou sua prisão preventiva e ele foi encaminhado para o Presídio Militar Romão Gomes, na Capital, onde permaneceu até abril deste ano, quando obteve liberdade provisória. A data do julgamento ainda não foi marcada. A defesa discorda da decisão e informou que vai recorrer.
O caso
De acordo com Boletim de Ocorrência (B.O.) Rangon havia saído do depósito de bebidas que pertence à família. Ele e um irmão entraram num Ford Focus e seguiram para casa.
No caminho, uma viatura da PM deu ordem de parada, mas Rangon teria desobedecido e fugido. Iniciava-se uma perseguição que durou cerca de 45 minutos e passou por Sales Oliveira, Morro Agudo e São Joaquim da Barra.
Ao retornar a Orlândia, o carro foi cercado próximo à casa de Rangon, no Jardim Santa Rita. O B.O. relata que, durante a abordagem, por motivos a serem esclarecidos, a arma do Cabo Arthur Filgueira Cintra teria disparado, atingindo a vítima na cabeça.
O comerciante chegou a ser socorrido, mas já chegou ao hospital sem vida. A família acusou os PMs de abordagem violenta. O caso também foi investigado pela Corregedoria da PM.
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