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Polícia

Polícia interroga integrantes de quadrilha que fez arrastão em prédio de luxo

Depoimentos começaram pela manhã e se estenderam até 12h00; dos 17 identificados, 14 já estão presos

Presos por suspeita de participarem de assalto ao Edifício Jatiúca, suspeitos foram trazidos de penitenciárias na região para interrogatório na DEIC (Foto: Max Gallão Mesquita)

Por: Adalberto Luque –

A Polícia Civil interrogou, na manhã desta quinta-feira, diversos suspeitos de integrar a quadrilha que assaltou o Edifício Jatiúca, condomínio de alto padrão, com um apartamento por andar, localizado na rua Campos Sales, centro de Ribeirão Preto.

Pelo menos 10 pessoas fortemente armadas participaram no roubo, que contou, além do núcleo operacional, com núcleos financeiro e de logística. Segundo o delegado responsável pelas investigações, André Baldochi, dos 17 integrantes já identificados, 14 estão presos.

A Polícia Civil não informou quantos presos foram interrogados na manhã, mas a reportagem do Tribuna Ribeirão apurou que pelo menos sete deles tiveram seus advogados notificados. Todos os que foram interrogados vieram das penitenciárias onde estão detidos e os interrogatórios ocorreram na presença dos advogados.

Todos os interrogados estavam acompanhados de advogados e esquema de segurança foi organizado para evitar tumulto na delegacia (Foto: Max Gallão Mesquita)

Três dos presos, apontados como integrantes do núcleo operacional, Carlos Alberto da Silva, André Luiz Pereira Nunes e Henrique Eduardo Louredo Monteiro estiveram na sede da Delegacia de Investigações Gerais da Divisão Especializada de Investigações Criminais (DIG/DEIC). Além deles, os quatro últimos presos, no final de outubro, Adriano Prates, Merice, Diego de Freitas, Wellington Antônio Prates Caetano e Vinícius Lúdio dos Santos, também foram ouvidos. A reportagem não conseguiu contato com os defensores dos investigados.

Entenda o caso

Na manhã de 24 de setembro, cerca de dez homens armados invadiram o Edifício Jatiúca, condomínio de alto padrão na rua Campos Salles, Centro de Ribeirão Preto. O prédio tem 15 andares, com um apartamento por andar.

Parte do grupo passou a noite em um imóvel alugado no 13º andar. Pela manhã, renderam zelador, porteiro, empregadas e moradores que desciam à garagem. As vítimas eram levadas aos apartamentos, onde os criminosos faziam saques e transferências via Pix usando os celulares delas.

A quadrilha fugiu por volta das 9h30 em três veículos — dois foram achados incendiados dias depois, e o terceiro, um Caoa Chery Tiggo azul, foi localizado horas após o roubo em um prédio na rua Itaguaçu, no Ipiranga, zona Norte, usado como base de apoio. No local, a polícia encontrou armas, perucas, capuzes, joias, R$ 75 mil em dinheiro e celulares.

As primeiras prisões ocorreram no mesmo dia. Fabiana de Paula Fernandes Miranda e Pablo Rodrigues Cardoso, do núcleo logístico, foram detidos horas após o crime. Fabiana teria feito o Pix do depósito de caução para alugar o apartamento usado no assalto, com documento falso.

Grupo fortemente armado invadiu condomínio de luxo, entrou em pelo menos seis apartamentos e roubou mais de R$ 4 mi das vítimas (Foto: Divulgação)

Quatro homens do núcleo financeiro — Sidney Américo Vieira, Felipe Moreira da Mata, João Paulo César Freires de Oliveira e Widman Henrique Américo Barbosa — também foram presos no dia do crime, em Itapecerica da Serra e na Estação Sé, em São Paulo. Eles cederam contas bancárias para as transferências via Pix.

O núcleo operacional começou a ser desarticulado em 26 de setembro, com a prisão de Carlos Alberto da Silva. No dia 30, Luís Rinaldo da Silva foi detido na Vila Mariana, na capital, com R$ 7 mil e roupas novas. Em 1º de outubro, André Luiz Pereira Nunes foi preso em Ribeirão Preto, e no dia 3, Henrique Eduardo Loureiro Monteiro, no Jardim João Rossi.

Até então, eram dez presos: dois do núcleo logístico, quatro do financeiro e quatro do operacional. Júlia Moretti de Paula, apontada como integrante dos dois primeiros núcleos, foi identificada e segue foragida.

Com a Operação Cercado, outros quatro suspeitos foram presos, elevando o total a 14 dos 17 já identificados — três do núcleo logístico, seis do financeiro e cinco do operacional. Na ocasião, foram presos Diego de Freitas, Adriano Prates Merice, Wellington Antônio Prates Caetano e Vinícios Lúdio dos Santos.

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