A Polícia Civil de Itaperuna (RJ) investiga a possível participação de uma adolescente de 15 anos no assassinato de uma família em Itaperuna, no interior do estado. O crime foi confessado por um menor de 14 anos, namorado da jovem, que admitiu ter matado o pai, a mãe e o irmão de três anos com disparos de arma de fogo.
A suspeita
A suspeita recaiu sobre a adolescente após o depoimento do autor confesso, que alegou ter discutido com os pais por não poder viajar até o Mato Grosso para encontrar a namorada, com quem se relacionava desde 2019 por meio de jogos online. A jovem, que mora em Água Boa (MT), foi ouvida pela polícia na quinta-feira (27) e negou envolvimento no triplo homicídio. O depoimento foi feito na presença da mãe dela e encaminhado à 143ª DP de Itaperuna.
Segundo o laudo do Instituto Médico Legal, as três vítimas foram mortas com tiros na região da cabeça. A arma utilizada, registrada em nome do pai como CAC (Colecionador, Atirador e Caçador), estava guardada sob o colchão do casal. O adolescente afirmou que esperou a família dormir, tomou um suplemento para permanecer acordado e executou os pais e o irmão ainda durante a madrugada.
Esconder os corpos
Após o crime, ele tentou esconder os corpos em uma cisterna nos fundos da casa. No local, os peritos encontraram manchas de sangue, roupas queimadas e um forte odor de putrefação. A arma foi posteriormente localizada na casa da avó paterna, onde o menor se refugiou após o assassinato. Ela afirmou à polícia que recolheu o revólver por precaução, sem saber do crime.
O caso só foi revelado após a avó procurar a delegacia na terça-feira (24) para registrar o desaparecimento da família. O menor, inicialmente, sustentou a versão de que o irmão teria se engasgado com vidro e que os pais haviam saído às pressas para socorrê-lo, mas não retornaram.
A farsa caiu após a polícia vasculhar hospitais e não encontrar nenhum registro. Uma perícia na residência revelou o cenário do crime, levando o garoto a confessar os assassinatos.
“O garoto afirmou que matou os pais com tiros na cabeça. O irmão, de três anos, foi atingido no pescoço. Disse que matou o menino para poupá-lo do sofrimento com a perda dos pais”, declarou o delegado Carlos Augusto Guimarães, titular da 143ª DP.
Versões
Os investigadores apuram duas possíveis motivações: o relacionamento com a adolescente, supostamente desaprovado pelos pais, e o interesse no valor do FGTS do pai, estimado em R$ 33 mil. O menor teria pesquisado na internet como ter acesso ao benefício após a morte do titular.
O adolescente foi encaminhado para uma unidade do sistema socioeducativo do Rio, onde permanecerá provisoriamente. Uma nova audiência de custódia está prevista para os próximos 45 dias. A polícia segue investigando se houve participação da namorada na incitação ou planejamento do crime.
Segundo os agentes, o autor dos disparos demonstrou frieza e ausência de remorso durante os depoimentos.
“Ele afirmou que não se arrepende e que faria tudo novamente. Suas respostas foram diretas, com discurso de auto afirmação e comportamento compatível com traços de psicopatia”, concluiu o delegado.
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