Por: Adalberto Luque –
A Polícia Civil cumpriu, na manhã desta sexta-feira, 28 de novembro, três mandados de prisão temporária contra homens que assaltaram uma residência no Jardim Recreio, zona Oeste de Ribeirão Preto. Havia um quarto mandado de prisão, mas o homem não foi encontrado e é considerado foragido.
A ação foi realizada pela Divisão Especializada de Investigações Criminais (DEIC) de Ribeirão Preto. Segundo o delegado André Baldochi, um dos mandados foi cumprido dentro de uma penitenciária. Foi contra Henrique Eduardo Louredo Monteiro, que está preso preventivamente por ter participado do assalto ao Edifício Jatiúca, na rua Campos Salles, Centro da cidade, ocorrido em 24 de setembro.
Os outros dois foram presos e levados à sede da DEIC. Dois dos homens teriam envolvimento nos dois crimes e todos são de Ribeirão Preto.
O assalto ocorreu no dia 9 de setembro, cinco dias após as primeiras prisões de envolvidos no assalto da Ribeirânia. A Polícia Civil constatou que quatro homens armados entraram na residência e renderam a família.
Eles teriam agido com muita violência, ameaçando as vítimas a todo momento. Fugiram no carro da família levando joias e bens eletrônicos avaliados em R$ 300 mil. O carro foi encontrado horas depois e devolvido às vítimas.
Segundo o delegado, um dos assaltantes teria deixado cair o celular. Após o trabalho de perícia, foi possível identificar os participantes. “Nós identificamos o dono do celular e passamos a monitorar. Ele fugiu para outro estado. Mas acabou capturado. Na casa de um dos presos, encontramos uma corrente de ouro e uma caixa de som. Ele confessou informalmente o roubo”, disse o delegado.

Baldochi explicou que o roubo foi dias antes do arrastão ao prédio da rua Campos Salles. A Polícia Civil já investigava o caso da Ribeirânia e, após a ação no prédio, as investigações foram intensificadas.
O delegado revelou que um dos presos hoje, que teria sido violento no assalto da casa do Jardim Recreio, também agiu com violência no assalto ao prédio, destoando dos demais. “Os grupos são muito bem estruturados. Quando era para roubos maiores, chamavam o grupo de São Paulo”, acrescenta.
Os quatro identificados na ação do Jardim Mosteiro também teriam participado de outros roubos, com valores menores que os do prédio e da Ribeirânia, onde, juntos, renderam prejuízo de R$ 9 milhões às vítimas. Mas sempre na casa de centenas de milhares de reais.
O delegado também revelou que os quatro chegaram até o Jardim Recreio em um carro alugado, mas sem as placas. Por essa razão, houve certa dificuldade da Polícia em identificar o veículo, mas assim que isso ocorreu, através de rastreador do carro alugado, foi confirmada a presença do carro próxima ao local do assalto, na mesma hora.
“Eles alugavam veículos em locadora, tiravam a placa, comediam o crime e recolocavam a placa”, disse Baldochi. Esse detalhe mostra o grau de organização dos criminosos. As buscas pelo quarto identificado no roubo prosseguem.

