Apesar da queda dos ingredientes da salada, Índice de Preços dos Supermercados subiu 0,56% em setembro, ante alta de apenas 0,05% em agosto
Comer de forma saudável pesou menos no bolso dos consumidores em setembro. Ingredientes típicos da salada tiveram forte queda de preços, segundo o Índice de Preços dos Supermercados (IPS), da Associação Paulista de Supermercados (Apas) em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). As reduções mais marcantes foram observadas na cebola (22,08%), pepino (21,67%), batata (20,56%) e tomate (17,36%).
A cesta da salada também contou com quedas na mandioquinha (5,23%), pimentão (4,34%), vagem (3,09%), cenoura (1,85%), verduras (1,79%) e berinjela (1,68%). Os ovos, importantes no cardápio saudável, registraram queda de 3,47% no período.

Segundo José Carlos Rinaldi, diretor regional da Apas Ribeirão Preto, o consumidor já começa a sentir um respiro no bolso com a melhora da safra e o aumento da oferta de produtos. “Cebola, batata e outros itens que vêm direto do campo estão mais em conta, somente essa categoria caiu mais de 18% em setembro”, diz. “A boa notícia é que, se o tempo continuar colaborando, esses preços devem seguir baixos até o fim do ano”, comenta. Os alimentos in natura, que incluem frutas, legumes e verduras, continuam sendo um dos principais fatores de alívio na inflação dos supermercados.
Em setembro, o segmento registrou deflação de 5,16%, acumulando queda de 5,34% no ano e de 7,20% nos últimos doze meses. “Essas quedas têm feito diferença no dia a dia. O consumidor já percebe que a conta do supermercado está pesando um pouco menos”, complementa o diretor. O Índice de Preços dos Supermercados subiu 0,56% em setembro, ante alta de apenas 0,05% em agosto. Registrou deflação de 0,49% em setembro do ano passado.
No acumulado em nove meses, a inflação nos supermercados paulistas está em 2,22%. Nos últimos doze meses, chega a 5,65%. Alimentação e bebidas teve variação mensal de 0,61% (sobe 1,76% no ano e 5,73% em doze meses), produtos semielaborados avançou 1,42% em setembro (cai 3,54% no ano e avança 5,24% em doze meses).

Os produtos industrializados avançaram 0,78% em setembro (6,20% no ano e 9,21% em doze meses) O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou setembro e 0,48%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A taxa acumulada em doze meses está em 5,17%, ou 0,67 ponto percentual acima do teto da meta de inflação perseguida pelo Banco Central, de 4,50%. A inflação acumulada no ano é de 3,64%, ante 3,15% de agosto. Os preços dos alimentos recuaram em setembro pelo quarto mês consecutivo, após uma sequência de nove meses de aumentos.
Desde junho, a queda acumulada em Alimentação e bebidas foi de 1,17%. Saiu de baixa de 0,46% em agosto para queda de 0,26%, contribuição de -0,06 ponto percentual para o IPCA. O custo da alimentação no domicílio caiu 0,41% em setembro (após queda de 0,83% em agosto), com destaque para as reduções no tomate (-11,52%), cebola (-10,16%), alho (-8,70%), batata-inglesa (-8,55%) e arroz (-2,14%). As carnes também recuaram em setembro, -0,12%, e o preço do café caiu pelo terceiro mês seguido, agora 0,06%. Por outro lado, houve aumentos em setembro nas frutas (2,40%) e no óleo de soja (3,57%).

