Tribuna Ribeirão
Geral

Prefeitura tem 30 dias para contestar cálculos

ALFREDO RISK/ARQUIVO

A juíza Luísa Helena Carva­lho Pita, da 2ª Vara da Fazenda Pública, deu 30 dias de prazo para que a prefeitura de Ribeirão Preto se manifeste a respeito dos cálculos de liquidação da ação dos 5.15%, referente a perdas salariais do funcionalismo pú­blico cujo valor de crédito exe­cutado é de R$ 114.643.485,91. O processo é semelhante ao dos 28,35%. A administração pode contestar a lista apresentada pelo Sindicato dos Servidores Muni­cipais (SSM/RP).

Porém, em caso de contes­tação, terá de apresentar nova relação com os nomes e cargos dos servidores beneficiados e quanto pretende pagar depois de esgotar todas as possibilidades de recursos judiciais – sindicato diz que o caso já transitou em julgado e está em fase de execu­ção. O despacho da magistrada é de 5 de dezembro. No mesmo documento, a juíza Luísa Helena Carvalho Pita descarta a inclu­são de funcionários públicos da administração indireta como beneficiários e também de quem entrou com ação individual.

Essas pessoas dificilmente terão direito à reposição porque o prazo para ajuizar ações indi­viduais (particulares) prescreveu há cinco anos, aproximadamen­te. O direito de funcionários do Departamento de Água e Esgo­tos de Ribeirão Preto (Daerp), Guarda Civil Metropolitana (GCM) e Instituto de Previdên­cia dos Municipiários (IPM), por exemplo, será julgado em outra ação que tramita na 2ª Vara da Fazenda Pública. A situ­ação é a mesma para quem não era filiado ao sindicato quando a ação foi impetrada.

Em 2008, o então juiz da 2ª Vara da Fazenda Pública, João Agnaldo Donizeti Gandini, emitiu sentença favorável ao sindicato, a prefeitura recorreu e agora, segundo a entidade sindical, a administração não pode mais apresentar recursos. O montante será dividido entre 2.384 servidores beneficiários da ação. Por meio de nota enviada pela Coordenadoria de Comu­nicação Social (CCS), o governo Duarte Nogueira Júnior (PSDB) informa que não foi notificado.

Os 2.384 beneficiários da ação dos R$ 114,6 milhões são funcionários da administra­ção direta que eram filiados ao sindicato em 2008 e não im­petraram ações individuais. O restante do funcionalismo não foi beneficiado pela decisão do hoje juiz aposentado João Gandini. A ação foi proposta pelo SSM/RP em 21 de dezem­bro de 2004. Cerca de 2.300 servidores aguardam a decisão de outra ação que trata sobre acordo coletivo de trabalho.

Atualmente, está em fase de julgamento na 2ª Vara da Fazenda Pública, mas sob a responsabilidade da juíza Lu­cilene Aparecida Canella de Melo. A estimativa do SSM/RP é que este segundo caso repre­sente mais R$ 117,8 milhões de indenização. São funcioná­rios da administração indireta, não filiados ao sindicato e que ingressaram com ações indivi­duais e perderam.

Este grupo fechou um acor­do com a prefeitura, em 2012, na gestão da ex-prefeita Dárcy Vera (sem partido), e passou a receber R$ 150 mensais para reposição das perdas inflacionárias. Po­rém, em 2015, o pagamento foi suspenso. Na época, o sindicato acusou o governo de romper o tratado unilateralmente.

A prefeitura, no entanto, emitiu nota informando que “a suspensão do pagamento do acordo de antecipação dos va­lores referentes a 5.15% atende a uma determinação judicial. A juíza da 2ª Vara da Fazenda pública que recusou a homolo­gação do acordo entre o muni­cípio e o Sindicato dos Servido­res Municipais que estabelecia, dentre outras medidas, o adian­tamento dos créditos na ordem de R$ 150 aos funcionários que fazem parte da ação”, diz.

“A administração munici­pal tentou de todas as formas manter o pagamento, o que não foi possível. Com isto ficam sus­pensos os pagamentos previs­tos no acordo coletivo de 2012. Com a decisão da Justiça, a ad­ministração municipal iniciará a apuração dos créditos a serem liquidados, aos beneficiários abrangidos na sentença, e pres­tará as devidas informações a fim de que esses possam ser ho­mologados em definitivo”. Por causa deste imbróglio, a segunda ação foi impetrada.

A ação dos 28,35% começou a ser paga em 2009, primeiro ano da gestão da então prefeita Dárcy Vera (sem partido, 2009- 2012), apesar de ter sido homo­logada no governo de Welson Gasparini (PSDB, 2005-2008). Desde então, o pagamento tem ocorrido de forma gradativa. O valor total da ação é estimado em R$ 820 milhões. Foram be­neficiados mais de quatro mil servidores da ativa, aposentados, pensionistas e herdeiros.

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