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Preso mais um por assalto na Ribeirânia

Empresário foi preso em Uberaba (MG) suspeito de ser o receptador das joias e de repassar para serem vendidas em programa de TV

Empresário foi preso em Uberaba (MG) por receptação e por participar da organização criminosa (Foto: Divulgação)

Por: Adalberto Luque

O joalheiro de Uberaba (MG), que teria comprado as joias de um joalheiro de Ribeirão Preto e repassado o produto para a produtora do programa de TV “Mil e Uma Noites”, foi preso na tarde desta quinta-feira, 27 de novembro. Haig Hovsepian foi detido em Uberaba, pela prática de receptação qualificada e associação criminosa.

A prisão foi efetuada pela equipe do delegado Diógenes Santiago Netto, da Divisão Especializada de Investigações Criminais (DEIC), com apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Uberaba.

“Segundo as apurações, o homem, residente em Uberaba (MG), teria receptado a integralidade das joias subtraídas no roubo ocorrido em uma residência no bairro Ribeirânia, em Ribeirão Preto. As investigações também revelaram que o suspeito foi o responsável por encaminhar parte dessas joias a um programa de televisão em Curitiba (PR).

No interrogatório, o homem teria confessado que receptou as joias de forma parcial. Ele já havia sido abordado antes pelos policiais civis que investigam o caso. O delegado disse que realizou as investigações de forma reversa. Começaram com a produtora do programa de TV e do YouTube, responsável pelo “Mil e Uma Noites”.

Depois chegaram ao empresário de Uberaba, que indicou de quem havia adquirido as joias. O joalheiro de Ribeirão Preto, indicado pelo de Uberaba, foi preso no início de setembro e as investigações prosseguiram. A equipe da DEIC concluiu que o homem preso em Minas Gerais era não apenas receptador, mas integrante da organização criminosa.

Ele foi ouvido e permaneceu preso em Uberaba, ficando à disposição da Justiça. A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Hovsepian.

Entenda o caso

No dia 17 de maio, quatro homens armados e agindo com violência invadiram uma residência a partir de um imóvel que estava para alugar, na avenida Costábile Romano, Ribeirânia, zona Leste. Eles levaram cerca de 300 joias, oito relógios de luxo e dinheiro.

Parte do grupo que planejou e executou o assalto à casa da Ribeirânia também participou do arrastão ao Edifício Jatiúca (Foto: Divulgação)

Dias depois, a vítima viu suas joias sendo oferecidas para venda em um programa de TV produzido em Curitiba (PR). As joias foram recompradas e levadas até a delegacia. A investigação reversa começou em Curitiba (PR), onde fica a sede da empresa produtora do programa de TV.

Depois as investigações levaram a Uberaba (MG), até homem preso nesta quinta-feira. E foram concluídas com a prisão de um joalheiro de Ribeirão Preto, ocorrida no dia 4 de setembro em um condomínio de alto padrão na zona Sul de Ribeirão Preto.

O joalheiro preso teria dito que pagou R$ 200 mil pelas joias o que, de acordo com Santiago, é muito abaixo do verdadeiro valor de mercado. No mesmo dia da prisão do joalheiro, um dos homens que participou do assalto foi preso.

Outras quatro pessoas foram presas no início de novembro. Com a prisão do empresário mineiro, já são sete os presos desta operação, fora os que foram presos por outro roubo na cidade e que também teriam participado do assalto.

Outro assalto

A Polícia Civil concluiu nas investigações que os receptadores faziam parte da organização criminosa. E a mesma organização, com integrantes da Grande São Paulo, litoral e Ribeirão Preto, seria responsável também pelo arrastão ao Edifício Jatiúca, ocorrido em 24 de setembro, no Centro de Ribeirão Preto.

Homens armados e encapuzados ou com perucas renderam funcionários e moradores do edifício, em uma ação cinematográfica, a partir de um apartamento alugado por uma das integrantes da quadrilha, Júlia Moretti de Paula – presa no dia 25 de novembro.

Júlia Moretti de Paula teria alugado apartamento no Edifício Jatiúca para o assalto (Foto: Redes Sociais)

O grupo trabalha com planejamento, organização e conta com divisão de tarefas e uso de tecnologia, como equipamentos capazes de clonar controles de acesso à distância, além de instalarem câmeras de monitoramento em postes para analisar a rotina dos moradores do prédio. Um dos promotores de Justiça que atua no caso, Paulo Freire Teotônio fez um desabafo na entrevista coletiva sobre os dois casos: “Essa associação criminosa estava há anos luz dos investimentos que a polícia têm no Estado de São Paulo”, conclui Teotônio.

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