Tribuna Ribeirão
DestaqueSaúde

Primeira cirurgia cumpre 25% da meta

Foto Cir: Divulgação/Assessoria do HC Primeira de cinco cirurgias durou oito horas e foi bem sucedida

A primeira de uma série de cinco cirurgias para separação das irmãs siamesas unidas pela cabeça Heloísa e Helena, nascidas em São José dos Campos, no Vale do Paraíba (SP), durou oito horas e foi bem sucedida, segundo a equipe médica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (HCFMRPUSP).  
 
A primeira cirurgia, considerada uma das mais delicadas, começou por volta de sete horas de sábado, 23 de agosto, e terminou à tarde, perto das 15 horas. A intervenção atingiu 25% nesta etapa. As meninas reagiram positivamente, sem convulsões, segundo informação da equipe médica anunciada na manhã desta terça-feira (26) em coletiva de imprensa. A segunda intervenção deve ocorrer dentro de três meses. 
 
As gêmeas estão sendo cuidadas na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica do HC Criança. As irmãs unidas pelo crânio foram submetidas à primeira etapa do tratamento cirúrgico para separação, e mais quatro estão programadas ao longo deste ano. O procedimento de sábado contou com a participação de mais de 40 profissionais da saúde.  
 
“Não houve nenhuma intercorrência, as meninas nos surpreenderam porque nem febre tiveram”, diz o neurocirurgião Jayme Farina Junior, que comanda a equipe multidisciplinar responsável pelo caso.  As gemas devem permanecer no Centro de Terapia Intensivo por mais sete dias, segundo o médico Marcelo Volpon. 
 
O neurocirurgião Rubens Machado, que também participou dos dois casos de separação de siamesas anteriores, em 2018 e 2023, diz que as meninas nasceram com os crânios muito encostados, quase colados,o que tronou a cirurgia mais delicada 
 
O procedimento foi minuciosamente planejado ao longo de mais de um ano, com realização de projeções de realidade virtual e exames de imagem, como tomografias computadorizadas e ressonâncias magnéticas, além da impressão de vários modelos em 3D.  
 
O objetivo da equipe, composta por mais de 40 profissionais da saúde e de apoio, é a separação completa ao final de uma série de cinco cirurgias, previstas ao longo de um ano. O caso está sendo conduzido pelas equipes de Cirurgia Plástica e Neurocirurgia Pediátrica do HC, sob o comando do professor doutor Jayme Farina Junior.   
 
Este é o terceiro caso de gêmeas siamesas craniópagas do hospital. A incidência é extremamente rara, representando um caso em cada 2,5 milhões de nascimentos. No Brasil, a primeira separação de siamesas craniópagas, as gêmeas Maria Ysadora e Maria Ysabelle, ocorreu em outubro de 2018. 
 
Focam cinco procedimentos cirúrgicos realizados pela equipe do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto e HC Criança. Hoje as meninas estão com nove anos e voltaram para Patacas, distrito de Aquiraz, distante 35 quilômetros de Fortaleza, no Ceará, onde nasceram, no final de março de 2019. Vivem cm os pais Diego Freitas Farias e Débora Freitas. 
 
Nos Estados Unidos, uma cirurgia de separação de siamesas craniópagas custa cerca de R$ 9 milhões. O primeiro do HC de Ribeirão Preto, e também pioneiro no Brasil, caso foi acompanhado pelo médico norte-americano James Goodrich, referência internacional em intervenções com gêmeos siameses e que faleceu e m decorrência de covid-19 em 2020. 
 
O segundo caso foi o das irmãs siamesas craniópagas Allana e Mariah, hoje com cinco anos e oito meses. A cirurgia definitiva ocorreu entre 19 e 20 de agosto de 2023. Elas são de Piquerobi (SP), onde mora com os pais Vinícius e Talita Cestari. No ano passado ainda vinham à cidade para consultas e exames de rotina no HC Criança.  
 
Em 2023, a quarta e última neurocirurgia teve início às sete horas do dia 19 de agosto e durou cerca de 27 horas. Na manhã do dia 20, as meninas foram separadas e levadas para a unidade de cuidados intensivos. As gêmeas estão felizes e gostam de frequentar a reabilitação. Já os pais só querem curtir as filhas depois das todas as cirurgias e o período de recuperação.  
 
Ao longo de doze meses, foram realizadas quatro neurocirurgias meticulosas que culminaram na completa separação das cabeças de Allana e Mariah, além de um procedimento cirúrgico em que foram inseridas bolsas de silicone abaixo do couro cabeludo e coleta de células-tronco das irmãs. 

Postagens relacionadas

Presidente da Comissão Europeia elogiou a conclusão bem sucedida da COP28

Redação 2

Consórcio ITS 
depõe amanhã

Redacao 5

Homem é preso furtando loja na zona Norte

Luque

Utilizamos cookies para melhorar a sua experiência no site. Ao continuar navegando, você concorda com a nossa Política de Privacidade. Aceitar Política de Privacidade

Social Media Auto Publish Powered By : XYZScripts.com