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Rinoceronte Atánasio já está no zoo de Itatiba

Atanásio, também conhecido como rinoceronte-de-lábios-quadrados, pertence à maior das cinco espécies existentes no mundo: está no Zooparque de Itatiba | Foto: Zooparque de Itatiba

Equipes do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) no Estado de São Paulo acompanharam a importação de Atanásio, um rinoceronte-branco macho vindo do Chile. O desembarque ocorreu no dia 2 de dezembro, no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP). A atuação do Mapa contemplou a análise da documentação sanitária, o controle de riscos e a verificação das condições de bem-estar animal.

A autorização de importação foi previamente avaliada pelo Serviço de Fiscalização de Insumos e Sanidade Animal (Sisa-SP). No momento da chegada, a Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro) conferiu os documentos e as condições de transporte, autorizando o desembarque. Após os trâmites oficiais, o animal foi encaminhado ao Zooparque de Itatiba (SP).

A espécie rinoceronte-branco é reconhecida internacionalmente como “quase ameaçada” de extinção pela União Internacional para a Conservação da Natureza | Foto: Zooparque de Itatiba

Conforme estabelecido no Certificado Zoossanitário Internacional (CZI) acordado entre Brasil e Chile, todos os procedimentos sanitários necessários foram realizados na origem, o que dispensou a quarentena no destino. Atanásio nasceu em cativeiro, tem cinco anos e pesa 1,96 tonelada. Apesar da denominação “rinoceronte-branco”, sua cor é acinzentada.

Também conhecido como rinoceronte-de-lábios-quadrados, pertence à maior das cinco espécies existentes no mundo. Para a autorização da importação, foi necessária a comprovação de que o animal nasceu e foi criado no Chile e permaneceu no país nos seis meses anteriores ao embarque.

A autoridade veterinária chilena inspecionou o estabelecimento de origem e atestou a ausência de doenças transmissíveis nos 90 dias anteriores à exportação. O animal também foi mantido em isolamento sob supervisão oficial por, no mínimo, 30 dias antes da viagem, período no qual realizou os testes exigidos pelo CZI, incluindo exame de brucelose, com resultado negativo.

Após a análise da documentação e das condições de transporte, o Vigiagro autorizou o desembarque, assegurando o cumprimento das exigências sanitárias e priorizando o bem-estar do animal durante toda a operação.

O auditor fiscal federal agropecuário do Vigiagro em Viracopos, André Marcondes, que acompanhou o procedimento, destacou que Atanásio se manteve calmo ao longo de todo o processo, graças ao manejo prévio e ao acompanhamento técnico. Segundo ele, a operação ocorreu conforme o previsto, com foco no bem-estar animal e na observância dos requisitos sanitários.

A operação mobilizou a atuação dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Affas) em uma operação que evidencia a complexidade do trabalho realizado pela carreira no controle de fronteiras. O transporte aéreo de um animal desse porte envolve uma cadeia de etapas que inicia no país de origem e se conclui no primeiro ponto de ingresso no Brasil, momento em que a fiscalização dos Affas é determinante.

A equipe responsável avaliou o Certificado Veterinário Internacional, verificou as condições de bem-estar do animal durante o voo, inspecionou o container usado para o transporte e conferiu o cumprimento das normas previstas no VIGIAGRO, sistema de vigilância agropecuária internacional do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e nas regulamentações ambientais aplicáveis.

Atanásio nasceu em cativeiro, tem cinco anos e pesa 1,96 tonelada | Foto: Zooparque de Itatiba

A espécie rinoceronte-branco é reconhecida internacionalmente como “quase ameaçada” de extinção pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), classificação que reforça a importância de operações seguras, transparentes e conduzidas por profissionais especializados. O presidente do Anffa Sindical, Janus Pablo Macedo, destaca a relevância do trabalho dos Affas nesse tipo de operação.

“Quando um animal como Atanásio cruza fronteiras e chega de avião ao Brasil, são os Auditores Fiscais Federais Agropecuários que assumem a responsabilidade pelo primeiro controle sanitário. A fiscalização garante que todo o processo respeitou padrões internacionais de saúde e bem-estar, algo ainda mais crítico quando falamos de uma espécie ameaçada”, explica.

Ele reforça ainda que, embora casos envolvendo grandes mamíferos chamem atenção da sociedade, operações como essa fazem parte da rotina dos postos agropecuários internacionais. “Todos os dias recebemos animais, produtos e cargas vivas que precisam ser analisados com rigor técnico. Em situações que envolvem grandes mamíferos, o desafio é maior, mas a missão é a mesma: proteger o país de riscos sanitários e assegurar a integridade do animal transportado”, conclui.

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