Robson Vieira ocupará a vaga de Bigodini (MDB) por cerca de seis meses, período em que o titular cumprirá suspensão
A advogada e suplente de vereadora Maria Eugênia Biffi (MDB), a Magê, de 36 anos, que assumiu o mandato parlamentar interinamente em 24 de novembro, já retornou para a Secretaria de Cultura e Turismo de Ribeirão Preto.
Ela ficou apenas um dia no Legislativo antes de retornar ao secretariado de Ricardo Silva (PSD). Com o retorno de Maria Eugênia à Cultura, o educador físico e líder comunitário Robson Vieira, de 36 anos, assumiu a vaga do vereador Roger Ronan da Silva, o Bigodini, de 33 anos.
Segundo suplente do MDB, ele tomou posse nesta segunda-feira, 1º de dezembro. Ficará no cargo por cerca de seis meses, período em que o titular cumprirá suspensão. Para assumir a vaga, ele pediu licença do cargo de assessor parlamentar do MDB na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), cargo para o qua foi nomeado em 4 de abril deste ano.
Nas eleições do ano passado recebeu 1.556 votos. O futuro parlamentar foi assessor do vereador Adauto Marmita (eleito pelo finado PR, concorreu no ano passado pelo PSDB) entre 2017 e 2020. Robson Vieira é bacharel em Educação Física e líder comunitário no Parque Ribeirão Preto e na Zona Oeste da cidade.
Há 14 anos coordena o Projeto Despertando para o Futuro, que atende mais de 450 crianças e adolescentes em atividades esportivas e sociais. Também mantém há 13 anos o Projeto Oficina do Corpo, voltado à saúde e ao bem-estar de mulheres de todas as idades, com aulas funcionais na praça da avenida Cásper Líbero. Ambos os projetos são voluntários.
Em 2024, Robson decidiu transformar essa experiência em ação política, disputando pela primeira vez uma eleição para representar e fortalecer ainda mais sua região. A juíza Carolina Moreira Gama, da 1ª Vara Criminal de Ribeirão Preto, acatou a denúncia feita pelo promotor Paulo Cesar Souza Assef, do Ministério Público de São Paulo (MPSP), e pronunciou o vereador Roger Ronan da Silva (MDB), o Bigodini, de 33 anos, pelos crimes de embriaguez ao volante, falsidade ideológica e fraude processual. No dia 10 de novembro, a Câmara de Ribeirão Preto aprovou, por unanimidade, projeto de resolução do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar que impõe pena de suspensão de seis meses – 180 dias – para Bigodini, sem a remuneração de R$ 20.597,25.
Ele se envolveu em acidente de trânsito na madrugada de 28 de setembro, na avenida do Café, na Zona Oeste. A cerca de 60 km por hora, bateu em poste e derrubou um coqueiro. O processo na Câmara foi instaurado após o jornalista Rodrigo Leone da Silva impetrar pedido de cassação. Bigodini foi flagrado bebendo vodca, cachaça, uísque e cerveja antes de dirigir um Chevrolet Tracker a 183 km/h pelas vias da cidade, além de mentir para policiais militares. Somadas, as penas podem chegar a dez anos de prisão em caso de condenação. O casal não foi preso e acompanha o trâmite do processo em liberdade.