Por: Adalberto Luque
O prejuízo causado pela quadrilha que roubou medicamentos de alto custo do Hospital Estadual de Ribeirão Preto (HERP) foi de quase R$ 2 milhões. A equipe do hospital concluiu a relação de medicamentos que foram roubados.
O prejuízo foi de R$ 1.972.358,11, de um total de 33 tipos diferentes de medicamentos. Eram todos considerados de alto custo, por isso estavam armazenados em uma sala especial.
A reportagem apurou que os cinco medicamentos mais caros, juntos, foram responsáveis por um prejuízo de quase R$ 380 mil. O ranking do prejuízo é liderado pelo Mepolizumabe, usado principalmente em casos de asma graves e sinusite crônica. Foram levadas 70 unidades, ao custo aproximado de R$ 1.978,57, totalizando um prejuízo de R$ 138.499,53.
Depois, aparece o Risdiplam, usado no tratamento da Atrofia Muscular Espinhal (AME). As cinco unidades causaram prejuízo total de R$ 105.741,18 (o custo unitário é de mais de R$ 21 mil).
O medicamento com maior número de unidades levadas foi o Certolizumabe Pegol, para tratar doenças inflamatórias autoimunes, como artrites e doença de Crohn. Apesar da quantidade, o prejuízo foi baixo entre os demais: R$ 7.692,45.
Outro medicamento para tratar doenças inflamatórias autoimunes levado foi o Golimumabe. As 71 unidades levadas causaram prejuízo de R$ 74.425,35.

Relembre o caso
Cinco homens encapuzados e armados chegaram ao HERP, na Avenida Independência, Jardim João Rossi, zona Sul de Ribeirão Preto. Eles entraram no final da noite de sexta-feira (27 de junho). Renderam um dos vigias e, em seguida, o outro. Entraram com eles e renderam mais um médico e um escriturário. Exigiram saber onde ficavam os medicamentos de alto custo.
Em seguida, amarraram as vítimas e foram até o local, onde apanharam 33 tipos de medicamentos diferentes. Depois, pegaram a chave de um Honda Fit prata do médico que estava entre as vítimas do roubo e fugiram do local. Pediram para que os quatro só tentassem se soltar uma hora depois.
O carro do médico foi localizado pouco depois, por volta de 00h30 de sábado (28). Foi abandonado na rua A1, no Jardim Progresso, zona Oeste. Além do carro do médico, os ladrões levaram dois celulares das vítimas.
Nenhum criminoso foi identificado. Os medicamentos não foram localizados. A Polícia Civil acredita que o grupo vá tentar vender os medicamentos por preços menores em mercados clandestinos ou até mesmo repassar para farmácias.
Quem comprar esses medicamentos pode ser indiciado por crime de receptação. As investigações prosseguem para tentar localizar os cinco assaltantes. De acordo com o diretor da Divisão Especializada de Investigações Criminais (DEIC), José Carvalho de Araújo, a Polícia Civil investiga para saber se o grupo tinha algum informante que trabalhe no hospital. Além disso, o delegado também adiantou que esse roubo deve ter sido planejado.
Araújo apela para que a população possa participar das investigações, passando informações e denunciando. A investigação obteve novas imagens do grupo, mas não vai divulgar para não atrapalhar nas investigações.
A Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo se manifestou através de nota, garantindo que nenhum paciente será prejudicado. “O Departamento Regional de Saúde (DRS) de Ribeirão Preto informa que assim que teve conhecimento do ocorrido na Farmácia de Medicamentos Especializados (FME) na madrugada do último sábado (28), acionou as autoridades policiais e está colaborando com todas as informações sobre o incidente. O DRS esclarece que os medicamentos furtados já foram repostos e nenhum paciente será prejudicado.”
(matéria atualizada às 14h59)
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