Ribeirão Preto é a 15ª cidade do Brasil em qualidade de vida, segundo o Índice de Progresso Social (IPS), divulgado nesta quinta-feira, 29 de maio. O levantamento aponta que o município alcançou 69,57 pontos (em uma escala que vai de 0 a 100) na avaliação de três temas: necessidades humanas básicas, fundamentos do bem-estar e oportunidades.
No ano passado, estava na 81ª colocação, com 68,03 pontos alcançados. Ou seja, galgou 66 degraus. Na região, Araraquara ficou na 12ª posição nacional e Cândido Rodrigues, na quinta. O levantamento analisou os 5.570 municípios brasileiros.
A pequena cidade de Gavião Peixoto, no interior de São Paulo, uma das sedes da Embraer, registrou a melhor qualidade de vida no Brasil pelo segundo ano consecutivo. Está no topo do ranking nacional com pontuação de 73,6, em uma escala que vai de 0 a 100.
A segunda colocação no ranking nacional ficou com Gabriel Monteiro (SP), seguida de Jundiaí (SP). Dos 20 municípios mais bem colocados, 14 estão no interior de São Paulo e somente três são capitais: Curitiba (PR), Brasília (DF) e Campo Grande (MS).
O Índice de Progresso Social é uma ferramenta que mede o desempenho social e ambiental de territórios em todas as geografias (países, estados, municípios e até comunidades). É desenvolvido pela organização internacional Social Progress Imperative (SPI), que coordena a publicação anual do IPS para 170 países desde 2014.
O IPS Brasil 2025 é o segundo relatório lançado – o primeiro foi divulgado no ano passado, abrangendo todos os 5.570 municípios brasileiros. Os dados para consolidação do índice são provenientes de fontes oficiais e de institutos de pesquisa, tais como DataSUS, Sisvan/Ministério da Saúde e Ministério da Cidadania.
Também entram dados do Sistema Nacional de Informações sobre o Saneamento (SNIS), Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e mais. “Não é surpresa termos bons resultados em cidades do interior do Centro-Sul e, particularmente, em São Paulo, enquanto no resto do Brasil tende a ser o contrário”, explica um dos coordenadores do IPS, Beto Veríssimo.
“São Paulo tem uma boa rede viária, serviços de saúde e educação de qualidade e, por isso, as cidades pequenas apresentam boas performances. E há ainda o fenômeno de cidades maiores, polos locais, que apoiam as menores. É uma particularidade de São Paulo, onde riqueza se transforma em progresso social. Em muitos outros lugares isso não acontece”, diz.
De forma geral, as Regiões Sudeste e Sul concentram os melhores índices, enquanto as piores pontuações são registradas no Norte (em especial a região da Amazônia Legal). Entre as 20 cidades com as piores pontuações no índice de qualidade de vida se destacam Uiramutã (RR), Jacarecanga (PA), Amajari (RR), Bannach (PA) e Alto Alegre (RR).
Como é feito o cálculo – A escolha dos 57 indicadores usados no cálculo obedece a critérios como relevância social ou ambiental. Os indicadores são divididos em três dimensões: necessidades humanas básicas, fundamentos do bem-estar e oportunidades. Isso ajuda a explicar, por exemplo, o motivo de cidades mais pobres terem desempenho melhor do que municípios mais ricos.
Ainda assim, na média, cidades mais ricas e com maiores facilidades de acesso tiveram melhores desempenhos. A edição deste ano traz uma atualização importante: foram incluídos cinco novos indicadores: consumo de alimentos ultraprocessados, resposta ao benefício previdenciário, resposta a processos familiares, índice de vulnerabilidade das famílias e famílias em situação de rua.
O IPS Brasil é uma parceria entre o Imazon, Fundação Avina, iniciativa Amazônia 2030, Anattá, Centro de Empreendedorismo da Amazônia e Social Progress Imperative. Diferentemente de índices econômicos como o Produto Interno Bruto (PIB) e o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), o IPS mede diretamente como resultados sociais e ambientais refletem na vida das pessoas.
As 20 melhores do ranking nacional
Gavião Peixoto (SP) – 73,26
Gabriel Monteiro (SP) – 71,29
Jundiaí (SP) – 70,70
Águas de São Pedro (SP) – 70,51
Cândido Rodrigues (SP) – 70,26
Presidente Lucena (RS) – 70,07
Luzerna (SC) – 70,00
Pompéia (SP) – 69,99
Nova Lima (MG) – 69,91
Itupeva (SP) – 69,90
Curitiba (PR) – 69,89
Araraquara (SP) – 69,64
Campo Grande (MS) – 69,63
Barra Bonita (SP) – 69,60
Ribeirão Preto (SP) – 69,57
Jaguariúna (SP) – 69,49
Adamantina (SP) – 69,19
Votuporanga (SP) – 69,14
Brasília (DF) – 69,04
Louveira (SP) – 69,01

