O estudo “Demografia Médica do Estado de São Paulo 2026”, realizado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM/USP), Associação Paulista de Medicina (APM) e Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo (SES/SP), revela que Ribeirão Preto é a segunda cidade paulista com mais médicos para cada grupo de mil habitantes.
Segundo o levantamento, o município paulista com mais profissionais de medicina por mil habitantes é Santos (7,87), seguido por Ribeirão Preto (7,83), São José do Rio Preto (7,51), Campinas (6,75) e São Paulo (6,25). São 5.726 médicos ribeirão-pretanos em números absolutos, para uma população de 731.639 habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O 13º Departamento Regional de Saúde (DRS-XIII) de Ribeirão Preto, composto por 26 cidades, também se destaca na oferta de médicos por mil habitantes (5,07), seguido por Barretos (4,44) e São José do Rio Preto (4,16), além da Grande São Paulo (4,63), que concentra metade de todos os médicos do estado (50,6%).
Já a desigualdade na distribuição de médicos no Estado é detectada quando se analisa a densidade entre os que estão fazendo residência. Em números absolutos, a capital paulista concentra o maior contingente, com 7.061 residentes, seguida por Campinas (1.379), Ribeirão Preto (1.041) e São José do Rio Preto (732).
Também se destacam na oferta de vagas de residência médica Botucatu (488), Santo André (432), Santos (336), Sorocaba (318) e Marília (316). Entre os municípios que sediam programas e têm menos médicos residentes estão Assis (dois), Guaratinguetá (três), Ipuã (três), Jacareí (quatro) e Morro Agudo (seis).
As faculdades de medicina estão presentes em 56 dos 645 municípios paulistas. São Paulo tem com 14 cursos: Campinas, Guarulhos e Ribeirão Preto, com quatro cada; São José do Rio Preto, com três; e Bauru, São José dos Campos, Sorocaba, Marília, Guarujá, Santos e Franca, com dois cada
Juntas, essas doze cidades concentram 6.111 vagas, número correspondente a 10.455 vagas (59%) do total do setor de medicina no estado. Segundo o levantamento, com a continuidade do aumento dos cursos de medicina no estado e no país, haverá aumento da oferta de médicos em todas as regiões do estado. Contudo, as desigualdades entre elas continuarão.
O levantamento alerta que poderá haver excedente de profissionais em determinados locais, caso da capital, e em alguns Departamentos Regionais de Saúde (DRS), como os de Ribeirão Preto, São José do Rio Preto e Barretos. No final deste ano, o estado de São Paulo terá aproximadamente 197 mil médicos.
Este número poderá ultrapassar 235 mil em 2030, chegando à marca de 340 mil profissionais ao final da década. O estudo aponta também que 60% dos médicos em São Paulo (aproximadamente 117,7 mil) são especialistas, confirmando o papel do estado como centro formador e empregador.
Ainda mais concentrados do que os médicos em geral, 57% dos especialistas estão na Grande São Paulo e outros 10% na região de Campinas. Já o grupo de médicos generalistas (sem título de especialista) cresce em ritmo muito maior que o de especialistas.
Atualmente, são cerca de 80 mil profissionais nessa condição, correspondendo a 40% do total, um salto significativo em comparação ao ano 2000, quando representavam menos de 25%, segundo o estudo “Demografia Médica do Estado de São Paulo 2026”.
Distribuição de médicos nas principais cidades
Município População Médicos Por mil habitantes
Santos – 429.547 – 3.380 – 7,87
Ribeirão Preto – 731.639 – 5.726 – 7,83
São José do Rio Preto – 504.166 – 3.784 – 7,51
Campinas – 1.187.974 – 8.019 – 6,75
São Paulo – 11.904.961 – 74.399 – 6,25

