A Secretaria Municipal de Saúde de Ribeirão Preto realizará neste sábado, 14 de junho, uma ação de vacinação na Unidade Básica Distrital de Saúde Doutor Ítalo Baruffi (UBDS Castelo Branco) e na Unidade Básica de Saúde Nelson Barrionovo (UBS Campos Elíseos), das oito horas às 16h30.
O objetivo é aumentar a cobertura vacinal contra a influenza, principalmente entre os grupos prioritários. As demais vacinas do calendário nacional de imunização também estarão disponíveis. A cobertura vacinal contra a influenza no município é de 44% entre os idosos, 24% entre crianças de 6 meses a 6 anos, e 37% de gestantes.
A UBDS Castelo Branco fica na rua Dom Luís do Amaral Mousinho nº 3.300 e a UBS Campos Elíseos atende na avenida Saudade nº 1.452. A iniciativa visa facilitar o acesso da população pertencente aos grupos prioritários.
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Para Luzia Márcia Romanholi Passos, diretora do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa), a baixa cobertura vacinal contra a Influenza ainda é influenciada por desinformação. Parte da população acredita, de forma equivocada, que a vacina pode causar a própria gripe.
“Há também quem pense que a imunização é única, quando na verdade deve ser feita todos os anos, já que os vírus circulantes sofrem mutações. Além disso, ainda persistem reflexos do movimento antivacina intensificado durante a pandemia de covid-19”, afirma.
Segundo ela, o grupo prioritário é o mais suscetível a agravamentos por conta da Influenza, principalmente crianças e idosos. Para se vacinar, é necessário apresentar um documento de identidade e, se possível, a carteira de vacinação.
A baixa adesão à vacinação contra a gripe é o principal fator do aumento na demanda das três Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), da Unidade Básica Distrital de Saúde Doutor Marco Antônio Sahão (UBDS Sul) e dos hospitais de Ribeirão Preto.
As três UPAs – Doutor Luis Atílio Losi Viana (UPA Leste, avenida Treze de Maio, Jardim Paulistano), Nelson Mandela (UPA Norte, Adelino Simioni) e Doutor João José Carneiro (UPA Oeste, Sumarezinho) e a UBDS Sul estão atendendo, em média, 800 pessoas por dia cada, com impacto direto também na ocupação hospitalar.
O cenário é reflexo do avanço dos casos de síndrome respiratória aguda grave (Srag) na cidade, que já somam 686 registros neste ano. Do total, 46% foram causados por influenza. Em maio, mês de maior incidência, foram 220 novos casos, com 45% deles provocados pelo vírus influenza.
Só em maio, ocorreram 32% de todos os casos de Srag do ano, indicando sazonalidade e aumento da circulação viral. Apesar da gravidade do cenário, a cobertura vacinal dos grupos prioritários segue abaixo do ideal e compromete a proteção coletiva e aumenta a circulação do vírus.
“Parte da população acredita, de forma equivocada, que a vacina pode causar a própria gripe. Há também quem pense que a imunização é única, quando na verdade deve ser feita todos os anos, já que os vírus circulantes sofrem mutações”.
“Além disso, ainda persistem reflexos do movimento antivacina intensificado durante a pandemia da covid-19, que continua impactando a adesão às campanhas de vacinação”, afirma Luzia Márcia Romanholi Passos, do Devisa.
A pasta tem feito uma força-tarefa, abrindo salas de vacina também aos sábados. O secretário municipal de saúde, Mauricio Godinho, transferiu temporariamente seu gabinete para as UPAs com o objetivo de acompanhar de perto os atendimentos e coordenar, junto às equipes, medidas para reorganizar e otimizar os fluxos de atendimento durante este período de sazonalidade das síndromes respiratórias.
Desde maio, a orientação é que crianças com sintomas leves sejam levadas diretamente às unidades de saúde mais próximas sem necessidade de agendamento prévio. As equipes farão a avaliação no local e, somente em casos que exigirem maior complexidade, será feito o encaminhamento para as UPAs.

