Para este ano, 30 artistas foram selecionados para o Salão de Arte de Ribeirão Preto, totalizando 82 obras em exposição
A 50ª edição do Salão de Arte de Ribeirão Preto Nacional-Contemporâneo (Sarp), um dos mais importantes do interior paulista e com reconhecimento nacional, está chegando ao fim. A mostra segue em cartaz até sexta-feira, 17 de outubro, no Museu de Arte de Ribeirão Preto Pedro Manuel-Gismondi (Marp), equipamento da Secretaria Municipal da Cultura e Turismo.
Para este ano, 30 artistas foram selecionados, totalizando 82 obras em exposição. Entre eles, três receberam os Prêmios Aquisitivos – “Cidade de Ribeirão Preto”, “Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto” e “Leonello Berti” – no valor de R$ 10 mil cada.
Anna Guerra é de o Recife (PE), mas vive e trabalha em São Paulo (SP). Naomi Shida é da capital paulista, onde tem residênia e ateliê. Shay Marias é de Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro, mas também mora e trabalha na cidade de São Paulo As obras premiadas passam a integrar o Acervo Público do Marp.

Além disso, todos os artistas selecionados recebem R$ 600 como prêmio de participação e as vencedoras retornam em 2026 para mostras individuais simultâneas no museu. A premiação total soma R$ 48 mil. “Chegar à 50ª edição do Sarp é reafirmar o compromisso de Ribeirão Preto com a arte contemporânea e com a valorização dos artistas brasileiros.
O salão é um marco da política cultural da cidade, pois promove acesso, formação de público e preservação da memória artística por meio de um acervo público diverso e pulsante”, afirma Maria Eugênia Biffi, secretária da Cultura e Turismo. Criado em 1975, o Sarp mantém percurso ininterrupto, consolidando-se como espaço de fomento à produção contemporânea, integração de artistas ao circuito nacional e formação de público em Ribeirão Preto e região.
Ao longo das edições, o evento constituiu um importante acervo de arte pública com obras premiadas anualmente. A exposição tem entrada gratuita e conta com equipe educativa preparada para atender grupos agendados.

Confira o horário de visitação no site da Secretaria de Cultura e Turismo.
O Marp fica na rua Barão do Amazonas nº 323, na região Central, na esquina com a rua Duque de Caixas, em frente à praça Carlos Gomes, no coração da cidade. No ano passado, o 49º Sarp entregou três prêmios aquisitivos a Léa Juliana (Salvador-BA), Luiza Poeiras (Belo Horizonte-MG) e Nita Monteiro (Volta Redonda-RJ), que receberam R$ 10 mil cada.
As obras deles entraram para o acervo do Marp, que recebeu 1.100 inscrições. Vinte e nove artistas participaram com 69 obras de arte.
O Sarp – A primeira edição do Salão de Arte de Ribeirão Preto Nacional-Contemporâneo foi realizada em 1975 e a cada ano, publica um edital para as inscrições dos artistas em âmbito nacional e realiza um processo de seleção das obras inscritas, com premiação a três artistas. Ao completar 50 anos, o Saerp proporciona o acesso de artistas ao circuito das artes, além de cumprir seu papel mais importante – realizar um panorama anual da produção contemporânea de arte, a partir dos projetos inscritos, propiciando uma formação consistente de público, em Ribeirão Preto e região.
História – O prédio onde está instalado o Marp possui estilo eclético e foi construído no início do século passado para ser a primeira sede da Sociedade Recreativa e de Esportes de Ribeirão Preto, a Recra. O baile inaugural aconteceu em 31 de dezembro de 1908. Em 1956, a antiga sede da Sociedade Recreativa, após reforma efetuada pela prefeitura de Ribeirão Preto, passou a ser ocupada pela Câmara de Vereadores, que funcionava desde 1917 no Palácio Rio Branco, juntamente com a prefeitura, funcionando até o ano de 1984, quando foi transferida para o pavimento superior da Casa da Cultura Juscelino Kubitschek.
Após uma grande reforma, o Marp foi inaugurado em 22 de dezembro de 1992 com o objetivo de reunir todo o acervo de artes plásticas da prefeitura, que na época contava com obras do Sarp e do Salão Brasileiro de Belas Artes (Sabbart), adquiridas pelo poder público, bem como obras doadas, a exemplo dos artistas Leonello Berti e Nair Opromolla, além de promover a recuperação do acervo.
Em homenagem póstuma ao crítico de arte e artista plástico Pedro Manuel-Gismondi, falecido em 1999, o equipamento cultural, a partir do ano de 2000, passou a ser denominado Museu de Arte de Ribeirão Preto Pedro Manuel-Gismondi.

