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28 de março de 2024 | 16:32
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A covid-19 – Panorama atual parte II

Como sabemos, o ano de 2020 iniciou-se sob uma nova era que o caracterizou para sempre na história do mundo: a presença de uma pandemia, isto é o aumento exagerado do número de casos de uma doença no mundo inteiro.

No caso específico do ano 2020 foi a presença de um novo vírus respiratório chamado de novo coronavírus, que tem um alto poder de contaminação, sendo que, em um grande número de pessoas, não causa sinais ou sintomas, mas alguns podem desenvolver uma doença grave que se chamou covid-19. Essa doença desde o seu aparecimento há cerca de 11 meses ainda não foi possível descobrir um tratamento específico.

É claro que já aprendemos muita coisa sobre essa importante do­ença, no entanto, o tratamento atual continua sendo tratar os danos que o vírus causa no organismo. Trata-se, portanto de uma doença que não tem tratamento específico e por conseguinte não tem cura. Os danos que o vírus causa ao organismo trazem em alguns casos consequências arrasadoras principalmente no coração, artérias, veias, cérebro, fígado e em outros órgãos.

O novo coronavírus apresenta ainda muitas características que são desconhecidas, não obstante pesquisas intensas estarem sendo conduzidas para desvendar esse misterioso vírus. Como sempre formatamos nossa matéria sob a forma de perguntas e respostas para um melhor entendimento da questão.

1. No momento atual, qual é a situação da covid-19 no Brasil?
Não obstante, já termos tido uma queda acentuada no número de óbitos no último mês, o número de infectados não continuou na mesma proporção. E um fato de extrema gravidade é que, nas duas últimas semanas voltou a aumentar o número de óbitos, da média móvel do número de casos (média dos últimos sete dias) e do núme­ro de infectados, assim como da taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) para a covid-19.
De fevereiro até agora 170.799 brasileiros já morreram devido à covid-19 e o número surpreendente de infectados já supera seis mi­lhões. O aumento do número de infectados e de óbitos é observado em 12 estados, sendo que em sete está estável e em outros sete está diminuindo. Por região podemos afirmar que só na populosa região sudeste está aumentando e nas demais está estável.

2. E no estado de São Paulo, qual é a situação da covid-19?
Infelizmente em nosso estado que já se notava diminuição tanto do número de casos de infectados como de óbitos, voltou a aumen­tar. Em todos os 645 municípios de nosso estado já foram registra­dos número de infectados, sendo que em 595 já foram registrados um ou mais casos de óbitos.
E o que é pior: devido a esses aumentos registrados inclusive na taxa de ocupação de leitos de UTI, já existem fundamentos sólidos para considerar a chegada da segunda onda, fenômeno que ocorre após uma diminuição importante ou desaparecimento dos casos envolvidos quan­do subitamente ocorre nova onda de infectados e de óbitos.
No estado de São Paulo já temos 41.600 pessoas infectadas e mais de um milhão de mortes. É uma situação muito grave e a expectativa de uma provável segunda onda constitui um fato mais preocupante ainda, visto que haveria novo fechamento das princi­pais atividades e de concentração de pessoas. Situação muito grave, portanto, está ocorrendo em nosso estado.

3. E em Ribeirão Preto, qual é a situação atual em relação à covid-19?
Em nossa cidade já tivemos uma queda importante tanto no nú­mero de óbitos como no de infectados, média móvel ( média dos úl­timos sete dias ) e de taxa de ocupação de leitos de UTI ( Unidade de Tratamento Intensivo ) para portadores da covid-19. Houve inclusive dois períodos de 24 horas em que não tivemos nenhuma morte.
Entretanto, há uma semana notou-se aumento da média móvel de óbitos, chegando ao dobro do que estava ocorrendo. Isto faz com que a ideia de uma segunda seja mais consistente em nossa cidade. Ribeirão Preto já registra mais de 33 mil infectados e mais de 800 mortes, sendo que até a manhã de ontem tivemos 136 novos casos e dois óbitos. (Continua na próxima semana)

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