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28 de março de 2024 | 5:10
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Autoridade, educação e segurança

Recentemente ouvi em uma entrevista que 90% dos presidiários do Rio de Janeiro são reincidentes, foragidos, libertos condicionalmente, indultados natalinos, no Dia das Mães, tendo suas penas reduzidas por progressão, e coisa e tal. Muita vez, mal saídos das prisões, já cometem delitos…

Leitor(a) amigo(a), alguma vez vocêjá ouviu falar em guerrilha urbana? Pois é ela começou há muito tempo no Rio de Janeiro. Começou no governículo “Chagas Freitas” quando se iniciou o relacionamento incestuoso entre o poder público e a criminalidade. O governículo “Brizola” deu continuidade a essa relação. Deu no que deu! Não importou aos governículos os alertas por pessoas, entidades etc. Até a Escola Superior de Guerra foi alertada, no entanto com a timidez causada pela ressaca da pós ditadura dava sempre a mesma resposta: “o crime organizado e o tráfico de drogas irão ficar confinados nos morros”. Não ficaram! Chegaram e, pelo que foi visto esta semana, a Copacabana – “ A PRINCESINHA DO MAR” … E muito mais, foram exportados em métodos e ações para praticamente todos os Estados do Brasil.

Atualmente, mais uma série de delitos está aparecendo nos noticiários: a violência nas instituições de ensino público, locais que deveriam ser a “Catedral da Pureza e do Saber”.

Vamos voltar ao primeiro parágrafo dessa crônica. A lei em vigor permite uma série, digamos, de vantagens aos presidiários de bom comportamento.

Repito, 90% dos indultados por qualquer natureza estão presos de novo. Será que há problemas de ordem jurídica? Acredito que não, pois a lei é feita para o ser humano, não o contrário.

Acredito ter escrito demais a respeito da falta da segurança e pouco sobre a autoridade.
Não fosse um crítico ferrenho dos governículos que somos obrigados a engolir, diria: “a lei aí está, quem de direito, que a cumpra”. Acontece que la nave va e nós, pagadores obrigatórios de impostos, que deveriam nos permitir ter o direito à Segurança fornecida pelo Estado, à Educação levada à juventude pelo Estado, à Saúde intrínseca ao ser humano e à Justiça que todos nós merecemos, já vimos aberrações como uma candidata oficial à Presidência da República dizer alto e bom som que nunca houve o mensalão.

Sou um crítico ferrenho das nossas administrações federal, estaduais e municipais, e procuro escrever exatamente o que penso; no entanto, entre o pensar e escrever existe um momento de reflexão que diminui as possíveis ofensas a serem feitas à imbecilidade dos poderes constituídos.

Assim é que não escreverei a respeito de nossa Justiça, que segue exatamente o que diz a lei escrita em máquinas dactilográficas do início do século passado, enquanto o mundo caminha em velocidade digital, sem ao menos haver um pouco de bom senso para que, mesmo de olhos vendados, entenda o que ocorre com a natureza humana.

Outro ponto a ser observado, talvez o mais importante, é a falta da Educação. Hoje, o que temos de Ensino Fundamental e Médio nas instituições de ensino, principalmente as públicas, é um arremedo do que se chama fornecimento de cultura. Há um grande interesse por parte dos líderes políticos em manter o povo com o mínimo de Educação e conhecimento, assim ocorre a perpetuação deles no poder.

A falta de autoridade dos poderes constituídos, a começar pelo péssimo exemplo que dão a todo instante, completa o caos em que a população é obrigada a viver. Somos obrigados a nos enclausurar temerosos, enquanto a bandidagem de colarinho branco passeia pelas ruas e pelos prédios públicos malversando o nosso dinheiro e a outra, mais agressiva e sem o mínimo de interesse pela vida alheia, mata por tostões.

Está na hora de dar um basta nisso; quem sabe nas próximas eleições…
Com a palavra aqueles que consideram a Educação, a existência de Autoridade e a Ética como fundamentais para que se governe uma nação.

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