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16 de abril de 2024 | 8:07
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Saúde

Casos de dengue sobem em janeiro

O Boletim Epidemiológico divulgado na quinta-feira, 15 de fevereiro, pela Divisão de Vigi­lância Epidemiológica (DVE) da Secretaria Municipal de Saú­de (SMS), aponta que houve aumento de 50% nos casos de dengue em Ribeirão Preto em ja­neiro deste ano, em comparação com o mesmo período de 2017, saltando de 16 para 24, oito a mais no primeiro mês de 2018.

Já em janeiro de 2016, ano em que houve epidemia de dengue na cidade, o número chegou a 9.346 casos da doença, o que represen­ta queda de 99,74% nos casos do mês passado, com 9.322 ocor­rências a menos. Mesmo assim, a população deve ficar atenta, já que Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) do Ministério da Saúde aponta que a cidade fechou 2017 entre as 65 paulistas em estado de alerta contra o mosquito.

O Índice de Infestação Predial (IIP) no município está em 1,3% – inferior ao de 2016, de 1,6%. Já segundo a Secretaria Municipal da Saúde, o IIP é de 1,56%, mas alguns bairros estão em situação de risco, com índice igual ou su­perior a 3,9%. Os casos de dengue despencaram 99,3% entre 2016 e o ano passado, de 35.043 para 244 – 34.799 a menos.

Segundo o secretário muni­cipal da Saúde, Sandro Scarpeli­ni, os números registrados agora são extremamente baixos, se levarmos em consideração a epi­demia que assolou Ribeirão Preto no início de 2016. Mas não deixa de ser um sinal de alerta. Embora a alta seja pequena, é preciso ter consciência sobre os cuidados que precisam ser tomados.

“O trabalho desenvolvido pelos agentes de combate a en­demias durante todo o ano e a conscientização da população são fundamentais para manter a doença sob controle. Com a chegada das chuvas, a conscien­tização da população precisa ser redobrada”, diz o secretário, ao afirmar que somente dessa for­ma a cidade evitará a prolifera­ção do mosquito Aedes aegypti.

“É preciso dar continuidade às intervenções na cidade contra o mosquito. O trabalho foi reforçado com limpeza, orientações, pales­tras, para bloquear o avanço das doenças que ele transmite”, emen­da o secretário.

Para Luzia Márcia Romanholi Passos, diretora do Departamento de Vigilância em Saúde e Planeja­mento, não se pode descuidar. “A população deve ficar alerta e conti­nuar exercendo a principal forma de evitar a doença, com prevenção, ou seja, não deixar água parada nos ralos, olhar os vasos, tomar cuidado com as garrafas, que é onde o mosquito se desenvolve”, ressalta a diretora.

Em janeiro deste ano não houve nenhum caso confirmado de febre chikungunya. Também não houve registro da doença no mesmo período do ano passado. No entanto, Ribeirão Preto fechou 2017 com aumento de 355,5% nas ocorrências confirmadas da doença. Os dados mostram que o total de vítimas do Aedes ae­gypti – também transmissor da dengue, do zika vírus e da febre amarela na área urbana – saltou de nove para 41, com 32 pacien­tes a mais no ano passado.

Lucia Márcia Romanholi Pas­sos já havia explicado ao Tribuna que a chikungunya só chegou em Ribeirão Preto recentemente. “Enquanto a cidade convive com surtos de dengue desde 1990, o que fez com que boa parte da po­pulação já tenha contraído o vírus e esteja hoje imunizada, o da febre chikungunya só foi detectado aqui há dois anos, em 2015, quando re­gistramos dois casos. Ou seja, pra­ticamente toda a população está suscetível”, disse.

Os sintomas iniciais da den­gue e da chikungunya são muito parecidos – febre, dor no corpo, dores nas articulações e man­chas avermelhadas. No caso da chikungunya, em vez da dor “no fundo dos olhos”, característica da dengue, o mais comum é o apare­cimento de conjuntivite. Por isso, qualquer morador que apresente esses sintomas deve procurar o posto de saúde mais próximo.

No mês passado foram notifi­cados e investigados, sete casos de zika vírus, mas nenhum confir­mado. Em janeiro de 2017, foram investigados 24 ocorrências da do­ença. Pacientes com microcefalia ou outras alterações neurológicas, possivelmente relacionadas à in­fecção pelo zika vírus, não foram relatados em janeiro de 2018. No mesmo período do ano passado, também não foi confirmado ne­nhum caso da doença.

De acordo com o levantamen­to, não foi registrado nenhum caso de febre amarela no mês de janei­ro de 2018. No mesmo mês do ano passado também não houve registro da doença. Com relação à Síndrome Respiratória Aguda Grave (gripe causada pelo vírus influenza), em janeiro deste ano, não houve casos confirmados em Ribeirão Preto.

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