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19 de abril de 2024 | 19:01
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Economia

Combustíveis puxam a inflação

A alta no preço dos combus­tíveis de 6,67% em agosto foi o principal responsável pela varia­ção da inflação medida pelo Ín­dice Nacional de Preços ao Con­sumidor Amplo (IPCA) no mês. De acordo com o Instituto Bra­sileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a gasolina teve aumento de 7,19% e o etanol, de 5,71% no período – o indexador fechou com alta de 0,19%, ante um avan­ço de 0,24% registrado em julho.

A taxa é a mais baixa para me­ses de agosto desde 2010 (0,04%). O IPCA acumula taxa de 1,62% no ano, a menor acumulada para o período desde o início do Pla­no Real, em 1994. Em 12 meses, a taxa acumulada chega a 2,46%, abaixo do piso da meta de infla­ção, que é de 3%. O litro do etanol ficou, em média, 5,71% mais caro em agosto, enquanto a gasolina aumentou 7,19%, em razão da elevação na alíquota do PIS/Co­fins em vigor desde julho e da política de reajustes de preços dos combustíveis nas refinarias prati­cada pela Petrobras.

Dentro do período de coleta do IPCA de agosto, foram anun­ciados 19 reajustes de preços da gasolina que, acumulados, resul­tam em um aumento de 3,40%. Os problemas climáticos nos Estados Unidos, que têm pressio­nado os preços dos combustíveis no mercado internacional em setembro, podem levar a novos repasses da Petrobras e repercutir mais uma vez no IPCA.

Os transportes foram o gru­po de despesas com maior in­flação (1,53%) e maior impacto na inflação de agosto. Outro grupo de despesas com alta de preços importante foi habita­ção, com inflação de 0,57%. Entre os itens que tiveram au­mento de preços em agosto es­tão a energia elétrica residencial (1,97%) e a taxa de água e esgo­to (1,78%). Por outro lado, o grupo de despesas alimentação e bebidas teve deflação (queda de preços) de 1,07% no mês e contribuiu para frear a inflação.

A alimentação em casa fi­cou 1,84% mais barata, apesar do aumento do custo da refeição fora de casa (0,35%). Entre os ali­mentos com as maiores quedas de preços estão o feijão-carioca (-14,86%), tomate (-13,85%), feijão-preto (-6,36%), açúcar cris­tal (-5,90%), alho (-5,83%), leite longa vida (-4,26%) e hortaliças (-3,68%). A energia elétrica ficou 1,97% mais cara em agosto, o que levou o item a um impacto de 0,07 ponto percentual sobre a inflação de 0,19%.

Em Ribeirão Preto, o litro do etanol já custa R$ 2,40 (R$ 2,399) nos postos sem-bandeira e R$ 2,50 (R$ 2,499) na maioria dos bandeirados da cidade. A gaso­lina é vendida por R$ 3,90 (R$ 3,899) e R$ 4 (R$ 3,999) e o óleo diesel, por R$ 2,95 (R$ 2,949) e R$ 3,50 (R$ 3,499), respectivamente.

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