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18 de abril de 2024 | 20:23
Jornal Tribuna Ribeirão
Foto: Lúcio Mendes
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Deficiente visual e auditivo é assaltado pela segunda vez em 5 meses


As duas ocorrências foram registradas na zona Oeste da cidade

 

O deficiente visual e auditivo Felipe Fernandes Oliveira Bernardes, 21, foi assaltado na noite desta terça-feira (13) em um ponto de ônibus, no bairro Sumarezinho, zona Oeste de Ribeirão Preto.

O ladrão roubou a mochila com um tablet e notebook e o aparelho auditivo foi danificado na reação da vítima.

Felipe já havia sofrido um assalto há cinco meses, também no Sumarezinho e, na época, foram levados o celular e o notebook dele.

Sirlei Fernandes, avó dele, relatou na Central de Flagrantes que Felipe estava em um ponto de ônibus quando um suspeito puxou a mochila e ainda o agrediu com uma barra de ferro e, nesse instante, o jovem reagiu com a sua bengala, mas o criminoso a arrebatou de sua mão e jogou para longe.

Felipe gritou por socorro e transeuntes o acudiram.

O aparelho auditivo foi atingido na reação e sobrou apenas a bateria.

A avó afirmou que essa foi a maior perda dele, porque foi levado a sua mochila com um notebook e um tablet.

Felipe comentou, enquanto esperava para registrar o BO, que “está bem assustado porque não tem mais o aparelho para escutar. Ele poderia levar tudo, menos prejudicar meu aparelho”, desabafou Felipe.

Sirlei esclareceu que o aparelho foi produzido na Inglaterra, pois o neto precisava de um tipo específico que aqui no Brasil não tem. “Ele faz tratamento no Hospital das Clínicas (HC) desde pequeno, mas não havia o aparelho que ele precisava. Então o pai dele, que é pedreiro na Inglaterra, o levou para o país e conseguiu o aparelho”, contou.

A família de Felipe, mãe, quatro irmãos mais novos e pai, reside na Inglaterra.

O jovem apresentou dificuldades para aprender o idioma inglês, então decidiu morar no Brasil com a avó.

Sirlei comentou que “Felipe é muito esforçado porque ele quer ser independente. Ele trabalha em um supermercado e faz supletivo a noite. Ele quis ficar aqui para ter uma vida normal, mas não consegue”, lamentou.

A Polícia Civil investiga a ocorrência.

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