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18 de março de 2024 | 23:40
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Educação financeira nas escolas

A partir do inicio do ano letivo, no mês de fevereiro, as escolas brasileiras, públi­cas ou particulares, terão que disponibilizar em sua grade curricular a disciplina Edu­cação Financeira. A decisão do Ministério da Educação é uma tentativa de solucionar um problema crescente no país que é o endividamento e a inadimplência, o que com­provaria que a população brasileira precisa de educa­ção financeira.

Ela será uma disciplina transversal no ensino infan­til e fundamental e, segundo especialistas, fundamental, pois é neste período que as crianças e adolescentes têm a melhor absorção dos con­teúdos. Neste caso, de que é preciso lidar com o dinheiro de forma inteligente.

Quarenta e oito mil alunos das escolas municipais vão ter aulas sobre finanças

Para a implementação da Educação Financeira, todas as escolas deverão seguir a Base Nacional Comum Cur­ricular (BNCC). Isso porque é ela que mantém as diretri­zes. Na Rede Municipal de Educação de Ribeirão Preto, as 109 escolas municipais irão oferecer a disciplina para cerca de 48 mil alunos.

Entre os temas que serão enfocados em sala de aula estão, trabalho e o consumo, planejamento, desequilíbrio nas finanças e desemprego. As matérias de Matemática e Ciências da Natureza agre­garão todos esses conheci­mentos que ainda poderão aparecer na disciplina de His­tória. Os pais dos estudantes também deverão participar do processo e auxiliar neste aprendizado. Dessa forma, o governo espera que a Educa­ção Financeira atinja pessoas de todas as idades, até mesmo aquelas que não frequentam mais a escola.

Dados da Confedera­ção Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgados recente­mente mostram que o percen­tual de brasileiros endividados está em torno de 64,7%.

Resultados importantes
Estudos e pesquisas rea­lizadas em escolas que já in­cluíram o tema em sua gra­de curricular mostram que o ambiente escolar é o mais propício para o ensino dessa disciplina.

Essa é uma das conclusões da 1ª Pesquisa de Educação Financeira nas Escolas reali­zada em 2017, uma parceria entre o Instituto de Econo­mia da Unicamp, por seu Nú­cleo de Economia Industrial e da Tecnologia (NEIT), o Instituto Axxus e a Associa­ção Brasileira de Educadores financeiros (Abefin).

A pesquisa apontou que a grande maioria (71%) dos alunos que já têm aulas so­bre o tema nas escolas ajuda os pais a fazer compras cons­cientes. A pesquisa foi reali­zada com 750 pais/responsá­veis em Recife, São Paulo, Rio de Janeiro, Goiânia e Vitória.

Gabriel Couto, economista da Acirp: com maior planejamento financeiro o consumidor terá mais facilidade para saber se uma compra cabe ou não em seu orçamento

Para o economista Ga­briel Couto, da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp), com maior planejamento finan­ceiro o consumidor terá mais facilidade para saber se uma compra cabe ou não em seu orçamento.

“Muitas pessoas se endi­vidam simplesmente por não terem o conhecimento do total de suas rendas e gastos. Gastando mais do que se re­cebe, o endividamento é ine­vitável”, afirma. Daí a impor­tância da educação financeira desde a infância.

Segundo o economista, em regra geral, brasileiro mé­dio não recebe qualquer tipo de instrução a respeito da ges­tão de suas finanças pessoais. “A partir de algum momento da vida, todas as pessoas pre­cisam lidar com questões rela­cionadas a dinheiro e controle de gastos, e a falta de informa­ção e orientação neste tema é a grande causa do endivida­mento fora de controle, en­frentado por uma parcela da população”, conclui.

Pesquisa mostra que o brasileiro gosta de pechinchar
Levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgada no dia 14 de janeiro, revela que oito em cada dez bra­sileiros têm o hábito de pechin­char antes de realizar a compra de um bem de alto valor.

Segundo a pesquisa, 81% dos entrevistados afirmaram que têm o hábito de barganhar antes de realizar a compra, contra 78% da pesquisa realizada em 2013. O estudo também mostrou que 71% dos brasileiros esperam por promoções e saldões para com­prar bens de alto valor. Em 2013 este percentual era de 64%. Entre os fatores mais importan­tes na hora de escolher bens de maior valor, os entrevistados apontaram preço baixo (49%), qualidade (47%) e marca (34%).

Segundo a Confederação Na­cional da Indústria a perda de poder de compra durante a crise recente pode ter influenciado os brasileiros a esperar para adqui­rir bens de maior valor a preços menores durante promoções e saldões, dado que se verifica que esse comportamento é mais co­mum entre brasileiros com renda familiar menor. A pesquisa foi realizada entre os dias 19 e 22 de setembro de 2019 e entrevis­tou 2 mil pessoas.

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