Levantamento feito pelo Tribuna junto aos 22 vereadores da Câmara de Ribeirão Preto revelou que pelos menos cinco deles devem ser candidatos nas eleições para deputados federal ou estadual, marcadas para 2 de outubro deste ano. São eles: Paulo Modas (PSL), Lincoln Fernandes (PDT), Renato Zucoloto (PP), Duda Hidalgo (PT) e Marcos Papa (Cidadania).
Deles, Marcos Papa já tentou se eleger deputado federal. Em 2018 foi candidato pelo Rede Sustentabilidade, obteve 23.703 votos, mas não se elegeu.
Outros dois vereadores, Maurício Gasparini (PSDB) e Gláucia Berenice (DEM), apesar do desejo preferem analisar a viabilidade partidária de lançarem suas candidaturas. No caso de Gasparini ele já concorreu a deputado estadual em 2018, teve 39.242 votos, mas não foi o suficiente para ser eleito.
“Ainda estamos refletindo e analisando, junto aos companheiros do nosso partido, creio que devemos ter uma definição até o mês de maio. Caso tudo caminhe para uma candidatura, possivelmente, seria candidato a deputado estadual”, esclarece Gasparini.
No caso de Gláucia Berenice, que nos meios políticos era considerada uma concorrente certa para a Assembleia Legislativa pelo Democratas, a fusão de seu partido com o PSL acabou criando um imbróglio ainda não resolvido. Isso porque, com a futura fusão e a criação do Partido União Brasil haverá uma disputa interna pelo comando da nova legenda em nível estadual e regional.
No caso do Democratas, o partido sairá em desvantagem nesta “briga”, já que a legenda perdeu sua mais importante liderança estadual, o vice-governador Rodrigo Garcia que migrou para o PSDB, onde deverá disputar o cargo de governador do Estado de São Paulo.
Já os outros 15 vereadores de Ribeirão Preto, afirmaram que não pretendem ser candidatos. Entretanto Igor Oliveira (MDB), Ramon Faustino (Psol) do Coletivo Todas as Vozes e Judeti Zilli (PT) do Coletivo Popular argumentaram que se seus partidos desejarem e optarem por seus nomes até podem se candidatar.
No caso de Igor Oliveira isso dificilmente acontecerá nestas eleições, já que seu pai, o deputado Léo Oliveira (MDB) tentará a reeleição para a Assembleia Legislativa. Já para deputado federal o candidato do partido na região deverá ser Baleia Rossi, presidente nacional da legenda e que depois de três mandatos como deputado estadual, há dois ocupa uma cadeira no Congresso Nacional.
Quais são os prazos para os partidos, candidatos e eleitores
As eleições estão marcadas para o dia 2 de outubro, quando os brasileiros vão às urnas para eleger presidente da República, governadores, senadores e deputados federais, estaduais e distritais. Eventual segundo turno será realizado no dia 30 de outubro. Alguns prazos já começaram a valer desde o dia 1º de janeiro, como a obrigatoriedade de registro de pesquisas eleitorais, a limitação de despesas com publicidade dos órgãos públicos federais, estaduais ou municipais e a proibição da distribuição gratuita de bens, valores ou benefícios a cidadãs e cidadãos por parte da Administração Pública.
Janela partidária
Entre 3 de março e 1º de abril, acontece a janela partidária, período em que deputadas e deputados federais, estaduais e distritais poderão trocar de partido para concorrer às eleições sem perder o mandato.
Formação de coligações
O órgão de direção nacional do partido político ou federação devem publicar, no Diário Oficial da União (DOU), as normas para a formação de coligações nas eleições majoritárias até 5 de abril, 180 dias antes das eleições. Entre este dia e a data da posse das eleitas e dos eleitos, é vedado aos agentes públicos realizar reajuste de servidoras e servidores públicos que exceda a recomposição da perda de poder aquisitivo ao longo do ano da eleição.
Transferência do título
No dia 4 de maio, 151 dias antes do pleito, vence o prazo para que eleitoras e eleitores realizem operações de transferência do local de votação e revisão de qualquer informação constante do Cadastro Eleitoral. Quem tem mais de 18 anos e ainda não possui título eleitoral também tem até este dia para solicitar a emissão do documento pelo sistema TítuloNet.
Pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida que queiram votar em outra seção ou local de votação da sua circunscrição têm entre os dias 18 de julho e 18 de agosto de 2022 para informar a Justiça Eleitoral.
Convenções partidárias e registros de candidatura
Entre 20 de julho e 5 de agosto é permitida a realização de convenções partidárias para deliberar sobre coligações e escolher candidatas e candidatos à presidência da República e aos governos de Estado, bem como aos cargos de deputado federal, estadual e distrital. Legendas, federações e coligações têm até 15 de agosto para solicitar o registro de candidatura dos escolhidos. Todos os pedidos de registro aos cargos de presidente e vice-presidente devem ser julgados pelo TSE até 12 de setembro.
Propaganda eleitoral
Dia 12 de agosto é a data final para que o TSE publique tabela com a representatividade do Congresso Nacional, decorrente de eventuais novas totalizações do resultado das últimas eleições gerais efetivadas até 20 de julho de 2022, para fins de divisão do tempo de propaganda eleitoral gratuito no rádio, na televisão e também dos debates entre candidatas e candidatos. A realização de comícios, distribuição de material gráfico, caminhadas ou propagandas na internet passa a ser permitida a partir do dia 16 de agosto.
Data da eleição
O primeiro turno do pleito acontecerá no primeiro domingo de outubro, dia 2. Eventual segundo turno será realizado no dia 30 do mesmo mês. A votação começará às 8h e terminará às 17h, quando serão impressos os boletins de urna. Em 2022, a hora de início da votação será uniformizada pelo horário de Brasília em todos os estados e no Distrito Federal.
Diplomação e posse
Eleitas e eleitos serão diplomados pela Justiça Eleitoral até 19 de dezembro. Para os cargos de presidente e vice-presidente da República, bem como de governador, a posse ocorre em 1º de janeiro de 2023. Parlamentares assumem os mandatos em 1º de fevereiro do próximo ano.