Invasão de calçadas e canteiros centrais

Os problemas não são ape­nas no Jardim João Rossi. Eles estão espalhados pela cidade inteira. Outra denúncia recebi­da pelo Tribuna e confirmada pela Fiscalização Geral está em uma das avenidas mais movi­mentadas de Ribeirão Preto. Uma garagem de compra e venda de veículos foi constru­ída em alvenaria no canteiro central da avenida Marechal Costa e Silva. Ao lado, tam­bém no canteiro central, foram construídas pequenas casas. Antônio Carlos Muniz confir­mou que a área é pública e per­tence à prefeitura e informou que há um processo de reinte­gração de posse.

Outra denúncia foi na Vila Tibério, onde um comercian­te de frutas e verduras utiliza a calçada para expor e vender seus produtos. “Isso não pode. É irregular. Atrapalha quem quer andar pela calçada. Va­mos notificar”, diz. Além do comércio, há quem utiliza as avenidas e canteiros centrais para propagandas e exposição de produtos, o que também é irregular. Uma dessas irregula­ridades está bem em frente ao Legislativo Municipal.

Quem vai à Câmara de Ve­readores pode ver um pneu de trator no meio de uma área pú­blica como forma de chamar a atenção das pessoas. Mas há quem utiliza o espaço público e está em situação regular, pois foram favorecidos por uma lei municipal em 1989. Um exem­plo disso está em frente ao pré­dio da Fiscalização Geral, onde um caminhão de frutas fica parado todos os dias. “Ele está aqui antes de 1989 e foi bene­ficiado por essa legislação. Há outros na cidade. Mesmo eu não concordando, tenho que respeitar a lei”, diz Muniz.

O diretor da Fiscalização Geral afirma ainda que as leis de ambulantes e do comércio precisam ser readequadas na cidade. “Temos, por exemplo, a situação dos food trucks. Há um estudo na Câmara para re­gularizar essa situação. Isso deve ser resolvido em breve”, diz. Outra esperança de Muniz é a utilização de policiais militares em dias de folga para serviços de fiscais. Segundo ele, uma lei municipal estabelecendo esse convênio deve ser aprovada em breve. “Temos a expectativa de mais recursos e mais pessoas trabalhando, isso vai melhorar nosso trabalho”, finaliza.