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28 de março de 2024 | 15:39
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Justiça condena “xamã da QAnon”

Um juiz federal condenou o invasor do Capitólio, nos Estados Unidos, conhecido como “xamã da QAnon”, a 41 meses de prisão pela partici­pação no ataque ao prédio do Congresso norte-americano em 6 de janeiro, realizado por apoiadores do então presi­dente Donald Trump.

Os promotores pediram ao juiz distrital Royce Lamberth que impusesse uma sentença mais longa, de 51 meses, a Jacob Chansley, que se confessou cul­pado, em setembro, por obstruir um processo oficial quando ele e milhares de outras pessoas inva­diram o prédio para tentar im­pedir o Congresso de certificar a vitória eleitoral do presidente Joe Biden.

A sentença corresponde à que Lamberth impôs a um ex-lutador de artes marciais mistas filmado esmurrando um policial durante o ata­que. Ele foi condenado na semana passada a 41 meses de prisão. As duas são as pe­nas mais rígidas proferidas entre os cerca de 675 proces­sos decorrentes do motim.

Lamberth disse acreditar que Chansley, de 34 anos, fez muito para convencer o tribu­nal de que está “no caminho certo”. Detido desde janeiro, Chansley apareceu no tribunal com um macacão verde-escu­ro da prisão, com barba e ca­beça raspada. Ele ficou conhe­cido no ataque por usar um chapéu com chifres.

“A parte mais difícil disso é que eu sei que sou culpado”, disse Chansley em uma longa declaração antes de ser senten­ciado, descrevendo uma infân­cia difícil e dizendo que assumia a responsabilidade por seu com­portamento. “Achei que ia pegar 20 anos de confinamento solitá­rio”, afirmou ele, acrescentando:

“Este trauma fez algo co­migo. Tenho os cabelos bran­cos para provar isso, no peito, nos braços. Eu não deveria ter cabelos brancos.” A QAnon é uma organização que compar­tilha teorias da conspiração. O grupo teve participação direta na invasão do Capitólio, na qual quatro pessoas morreram.

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