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28 de março de 2024 | 6:38
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Larga Brasa

Aposentadoria para burros
No século passado, há muito tempo, Ribeirão Preto era uma ci­dade que se despontava dentre as demais, no entanto, as con­dições para atendimento dos consumidores por parte das pani­ficadoras, dos fabricantes de gelo (não havia geladeira elétrica) e mesmo por parte da prefeitura era precária. A coleta de lixo era feita por carroças puxadas a burros. Depois de muitos anos de trabalho, as empresas resolviam afastar do trabalho pesado os animais e concediam aposentadoria aos equinos.

Burro no serviço público
Aqueles que pertenciam à prefeitura e faziam o trabalho de coleta do lixo eram levados para um estábulo na rua Capitão Salomão, atrás da Escola Industrial José Martimiano da Silva – a atual Etec. Tinham alimentação balanceada, sem a obriga­ção de cumprir qualquer tarefa, e eram cuidados por veteriná­rios, poucos à época. Os das empresas fornecedoras de gelo tinham como local de aposentadoria a rua Castro Alves, diante da Estação Rodoviária, onde hoje está o Corpo de Bombeiros. Todos muito bem tratados, sem pagamento de INSS ou plano privado. Segundo alguns, os burros eram mais bem tratados do que os aposentados de hoje.

Rua Capitão Salomão
Certa feita, a administração municipal resolveu fazer uma mudança na rua Capitão Salomão, da Silveira Martins até a Escola Industrial. Era uma rua com dimensões laterais redu­zidas e uma grande e larga avenida estava sendo projetada, de olho no progresso da urbe. Todos os moradores tiveram, por determinação legal, de afastar suas casas muitos metros das guias e sarjetas e aguardar uma segunda pista para a via. Nunca mais se falou em referido projeto futurístico e os mo­radores “pagaram o mico” com tais áreas ociosas. Nem nos mais modernos projetos alguém pensou em atualizar a Capi­tão Salomão. Nem os moradores querem mais.

Área do município
Na rua Paranapanema há uma grande área de terra pertencen­te ao patrimônio municipal. Tem algumas casas, ocupadas há decênios por pessoas que entraram nas habitações sem que fossem questionadas. Havia um projeto de descentralização dos locais em que os funcionários e máquinas permaneciam para evitar o deslocamento distante, com perdas de horas de trabalho dos servidores. Um dos locais escolhidos foi aquela área. Como as administrações não são sequentes e o forte da cidade não é o planejamento, continuamos tudo como antes no quartel de Abrantes.

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