Tribuna Ribeirão
Economia

Licitação da ANP rende R$ 8,9 bilhões em bônus

TOMAZ SILVA/ AG.BR.

A 16ª Rodada de Licitações da Agência Nacional do Petró­leo, Gás Natural e Biocombus­tíveis (ANP) arrecadou, nesta quinta-feira, 10 de outubro, R$ 8,915 bilhões em bônus de as­sinatura. Foram arrematados doze dos 36 blocos oferecidos para exploração e produção de petróleo e gás natural em regi­me de concessão, sendo dez na Bacia de Campos. Ao todo, dez empresas diferentes compuse­ram as propostas vencedoras.

O ágio acumulado com as propostas apresentadas foi de 322% para o bônus de assina­tura e de 390% para as uni­dades de trabalho do progra­ma exploratório mínimo. Os contratos, que serão assina­dos em fevereiro de 2020, de­vem gerar um investimento de R$ 1,5 bilhão. Considera­dos de elevado potencial, os blocos na Bacia de Campos atraíram consórcios e dispu­ta de ofertas em alguns casos. Ao todo, dez dos 13 blocos da bacia foram arrematados.

Para o bloco C-M-541, com bônus de assinatura mí­nimo de mais de R$ 1,3 bi­lhão, um consórcio liderado pela Total e pela QPI e outro liderado pela Petrobras ofere­ceram mais de R$ 4 bilhões de bônus de assinatura. Apesar do bônus oferecido por Pe­trobras e Equinor terem sido quase R$ 60 milhões maior, a Total, a QPI e a Petronas incluíram mil unidades de trabalho a mais no Programa Exploratório Mínimo (PEM) e arremataram o bloco.

Com a disputa, o primeiro setor da Bacia de Campos, o SC-AP4, arrecadou R$ 6,788 bilhões em bônus de assina­tura, um valor 331% maior que o bônus de assinatura mínimo, diferença chamada de ágio. No segundo setor lei­loado na Bacia de Campos, o SC-AUP3, a disputa foi pelo bloco C-M-661, arrematado por um lance de R$ 1,115 bi­lhão oferecido pela Petronas, única empresa inscrita no lei­lão que ainda não tinha con­tratos para exploração e pro­dução no Brasil. A proposta garantiu um ágio de 545,37% no setor.

O terceiro setor leiloado na Bacia de Campos, o SC-AUP4 também teve disputa por um dos blocos, e o consórcio entre a Shell, Chevron e QPI venceu oferecendo R$ 550 milhões de bônus de assinatura e 206 unidades de trabalho. Com ágio de 310%, o setor arreca­dou quase R$ 600 milhões em bônus de assinatura. Apesar de também ser considerada de elevado potencial, a Bacia de Santos teve lances por apenas dois dos 11 blocos oferecidos. O ágio com os lances apresen­tados foi de 74,4%.

As bacias de Camamu-Al­mada e Jacuípe, cujo leilão foi questionado pelo Ministério Público Federal na Bahia, não receberam propostas. Soma­das, elas tinham sete blocos em uma área considerada de nova fronteira, onde há me­nos atividade exploratória. Também classificada como de nova fronteira, a Bacia de Per­nambuco-Paraíba não recebeu ofertas pelos seus cinco blocos.

A ANP projeta arrecadação de R$ 100 bilhões em royalties e participações governamen­tais ao longo dos contratos de concessão da 16ª Rodada de Licitações, que têm dura­ção de 27 anos. Esse dinheiro deve ser arrecadado a partir da produção de três a quatro pla­taformas, no mesmo número de campos, que juntas devem extrair de 400 mil barris por dia (bpd) a 500 mil bpd.

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