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Política

Mega assume ideia da Procuradoria da Mulher

ALFREDO RISK/ARQUIVO

O vereador Luciano Mega (PDT) decidiu assumir a pro­posta de criar, em Ribeirão Pre­to, a Procuradoria Especial da Mulher. Na última quinta-feira, 12 de dezembro, o pedetista apresentou um projeto de reso­lução sobre o tema. A propos­ta inicial era de Otoniel Lima (Republicanos), que no mês de agosto – antes de ter o mandato cassado acusado de improbida­de adnimistrativa (ele nega) – propôs a criação do órgão.

Lima perdeu mandato no início de dezembro. Luciano Mega afirmou ao Tribuna que decidiu encampar a iniciativa após conversar e receber auto­rização da assessoria jurídica do ex-vereador e por considerá­-la muito boa, um mecanismo eficiente na defesa de política públicas para as mulheres. “O projeto é bom e precisa ser via­bilizado”, diz o pedetista.

Apesar da iniciativa do par­lamentar, a perda do mandato de Otoniel Lima não provoca o arquivamento automático do projeto. Segundo o Regimento Interno da Câmara, a proposta continuará tramitando normal­mente no Legislativo e só será extinta caso não receba parecer da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) até o final da atual legislatura (2017- 2020), que termina em 31 de de­zembro do próximo ano.

Os dois projetos prevêem que a Procuradoria Especial da Mulher terá vereadoras, uma procuradora e duas procura­doras adjuntas. No caso de não existir na legislatura nenhuma parlamentar mulher, o órgão terá como integrantes servi­doras efetivas ou comissiona­das do Legislativo. O mandato acompanhará a periodicidade da eleição da Mesa Diretora do Legislativo. Ou seja, um ano com a possibilidade de reelei­ção por mais doze meses, e as integrantes serão escolhidas na primeira sessão legislativa de cada exercício.

Entre as atribuições da Pro­curadoria Especial da Mulher está zelar pela participação efeti­va das parlamentares nos órgãos e atividades do Legislativo e re­ceber, examinar e encaminhar aos órgãos competentes denún­cias de violência e discrimina­ção contra a mulher. Também faz parte das ações fiscalizar e acompanhar a execução de pro­gramas do governo municipal, que visem a promoção da igual­dade de gênero, assim como a implantação de campanhas educativas e anti-discriminató­rias de âmbito municipal.

Na esfera federal, a Câmara dos Deputados já possui uma Procuradoria da Mulher. Criada em 2009 ela tem como objetivo proteger os direitos das mulhe­res brasileiras, principalmente contra a violência e a discrimi­nação. Desde a sua criação, a Procuradoria apóia e incentiva ações que proporcionem uma melhor aplicação da Lei Maria da Penha reconhecida mun­dialmente como um dos ins­trumentos mais avançados no combate à violência doméstica.

Apesar de as mulheres serem mais da metade da população e representarem 52% do eleitora­do nacional, o índice de repre­sentação política de mulheres na Câmara dos Deputados é de apenas 15%. Tal número colo­ca o Brasil entre os países que apresentam os piores índices de representatividade do mundo.

No caso específico de Ribei­rão Preto este déficit é visível já que na atual legislatura dos vin­te e sete parlamentares, apenas um é do sexo feminino: Gláucia Berenice (PSDB). Na legislatura passada (2013-2016), além da tucana, a cidade também con­tava com mais uma parlamen­tar, Viviane Alexandre (PPS) – já chegou a ter três no mesmo mandato.

Entre 1993 e 1996, conta­va com Delvita Pereira Alves (PSDB) e Joana Leal Garcia (PT). Em 1995, com a cassação de Fernando Chiarelli (então no PDS), Dárcy Vera (então no PPB) assumiu a cadeira. Na le­gislatura seguinte (1997-2000), Joana Leal Garcia e Dárcy Vera ganharam a companhia de Sil­vana Rezende (PSDB).

O quadro não mudou entre 2001 e 2004 com a reeleição do trio. Entre 2005 e 2008, Fátima Rosa (PT) foi eleita e assumiu o lugar de Joana Leal Garcia, que não conseguiu os votos neces­sários para seguir na Câmara. A partir de 2009 o número de mulheres no Legislativo oscilou entre uma e duas cadeiras.

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