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Pista do Leite Lopes fica pronta este mês

ALFREDO RISK/ARQUIVO TRIBUNA

A assessoria de imprensa do Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo (Daesp) – autarquia vinculada à Secreta­ria de Logística e Transportes e administradora do aeródromo – informou ao Tribuna nesta quarta-feira, 23 de janeiro, que as obras de adequação na pista do Aeroporto Estadual Doutor Leite Lopes, em Ribeirão Preto, ficarão prontas até o dia 31 – a conclusão estava prevista para meados de fevereiro.

As intervenções tiveram início no final de setembro e abrangem a implantação de área de giro nas duas cabeceiras da pista, a instalação de acostamen­to nas pistas de taxiamento de aeronaves e reforço na pista que dá acesso ao pátio. A empresa responsável pela obra é a Talude Construções, de Barueri, vence­dora do certame em 13 de agos­to ao apresentar o valor de R$ 3,945 milhões, desconto de R$ 255 mil e 6% abaixo do estima­do em edital, de R$ 4,2 milhões.

O objetivo da intervenção é proporcionar mais segurança e flexibilidade às operações, faci­litando as manobras dos aviões. Já as principais intervenções, custeadas pela União, estão pre­vistas para começar ainda neste ano. A expectativa é de que o aeroporto fique completamente pronto em 2021. O Estado vai investir, no total, R$ 8,8 mi­lhões referentes à contrapar­tida aos R$ 79,2 milhões que serão repassados pelo governo federal, via Secretaria Nacional de Aviação Civil (SAC) da Pre­sidência da República, projeto que totaliza R$ 88 milhões em investimentos, sobretudo no terminal de passageiros.

O diretor-presidente da Terminais Aduaneiros do Bra­sil (Tead), Carlos Ernesto de Campos, afirmou ao Tribuna em dezembro que o transporte internacional de cargas no Leite Lopes deverá começar em junho deste ano. A empresa investiu R$ 48 milhões na construção de um terminal alfandegado. Segundo ele, com o fim das obras de re­modelação da pista será possível o pouso de aviões cargueiros modelos 767-300k e Airbus 330, com capacidade para cerca de 50 toneladas cada.

De acordo com o empresá­rio, após o final das obras será preciso que a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) certi­fique o aeroporto para o pouso destas aeronaves. A partir desta autorização serão resolvidas, segundo ele, outras pendências como a instalação de postos da Receita Federal e da Polícia Fe­deral no local. “Estamos traba­lhando com esta meta”, afirma. O Daesp também deve pedir à Anac a utilização de mais 300 metros da pista que hoje não po­dem ser computados para pou­sos e decolagens.

Ele destaca que, a partir dos pousos destas aeronaves, Ribei­rão Preto ganhará muito eco­nomicamente, já que cada uma tem capacidade para transpor­tar 50 toneladas – 50 mil quilos – por viagem e que cada quilo transportado representa, em média, o valor de US$ 100, cer­ca de US$ 5 milhões por voo. “Ribeirão Preto aumentaria em muito sua arrecadação, seja com Imposto de Circulação sobre Mercadorias e Serviços (ICMS) e o Imposto Sobre Ser­viços (ISS), ou com o valor agre­gado que esta nova atividade traria para toda a região”, garan­te. Os voos internacionais terão como origem e destino Miami, na Flórida, nos Estados Unidos.

O Aeroporto Leite Lopes registrou alta no fluxo de pas­sageiros e de cargas no ano passado em comparação com 2017. Os dados do Daesp mos­tram que passaram pelo termi­nal 877.356 viajantes até 31 de dezembro de 2018.

No período anterior foram 867.544. O aumento é de 1,13%, com mais 9.812 passageiros – a média de embarque e desem­barque é de 73.113 pessoas por mês e de 2.437 por dia, mais de 100 por hora.

Em 2017 a mensal era de 72.295 e a diária, de 2.409 – 100 por hora. Os números colocam o Leite Lopes no primeiro lugar do ranking de movimentação entre os 20 ae­roportos administrados pelo Daesp, sendo o quarto mais importante do estado, supera­do apenas pelos de Guarulhos (Cumbica), São Paulo (Congo­nhas) e Campinas (Viracopos).

Inaugurado em 1939, atual­mente o Leite Lopes opera voos da aviação geral (executiva) e regulares de empresas aéreas como Latam, Passaredo e Azul, que trabalham com aeronaves como o Airbus A320, E195, E 190, ATR 72. O aeródromo atende em tempo integral com voos nacionais de passageiros e de cargas. Segundo dados do Daesp, o movimento em 2017 foi o pior em sete anos, com 867.544 pessoas.

Com exceção de 2010 – quando o movimento caiu porque o aeroporto ficou fe­chado para obras –, o número também é inferior ao de anos anteriores desde 2011, quando 1.114.415 pessoas passaram pelo terminal, ainda assim um dos mais movimentados do interior paulista. No transpor­te de cargas, no ano passado o Leite Lopes movimentou 1.045 toneladas – cerca de 87 tone­ladas por mês, quase três por dia –, contra 877 toneladas de 2017 – 73 t por mês, aproxima­damente 2.400 quilos por dia –, alta de 19,1% e acréscimo de 168 mil quilos. O melhor ano para o setor no aeroporto de Ribeirão Preto foi registrado em 2015, com 1.057 toneladas.

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