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28 de março de 2024 | 11:52
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Por vidas mais sustentáveis

No sábado passado, dia 15, participei da abertura dos Seminários em Sustentabilidade na Indústria da Construção, evento promovido pela Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto (AEAARP), com apoio do CREA-SP. A discussão do tema, que se esten­derá até julho, é de extrema importância e oportuna em qualquer época, por buscar melhorar a qualidade de vida por meio de melhores práticas em um setor industrial de grande importância econômica e social. E muitas vezes pouco debatido, principalmente quando se fala de sustenta­bilidade, uma palavra que está, felizmente, em moda, como já esteve em outras épocas e não perderá a sua relevância.

E o debate é sempre bom como um alerta, para que nos leve a re­fletir sobre a grande força que tem essa palavra capaz de sensibilizar todas as pessoas, indistintamente. Temos que estabelecer critérios de produção, em todas as áreas, mas principalmente no setor de cons­trução civil, que é um segmento de nossa atividade humana, econô­mica e social, que gera muito resíduo. A média anual por habitante chega a 800 quilos. Então estamos falando de algo que chega a ser o dobro do que as pessoas geram de lixo doméstico por dia.

Assim, quanto mais tecnologia colocarmos na produção dos nossos insumos, para reduzir perdas e excessos, diminuir desperdí­cios em obras e criar sistemas de atividades tanto de reuso de nossos recursos, quanto aplicação e destinação, no reprocessamento, mais teremos sucesso nas atividades para tornar melhor a vida das pesso­as, com sustentabilidade e responsabilidade na utilização de recursos naturais e proteção ao meio ambiente.

Temos feito a nossa parte em nossa administração. Buscamos sempre reduzir os impactos ao meio ambiente e, ao mesmo tempo, melhorar a eficiência das nossas atividades. Essa é a nossa tarefa. As boas práticas fazem parte de algo que é inexorável. Não estamos falando em escolher ou não escolher. Tem que ser assim, para que a gente possa, de fato ter a responsabilidade ambiental adequada, com um planeta que cada vez mais tem demandado cuidados em relação à proteção ambiental.

Felizmente para nós, o Brasil tem que se orgulhar muito da preservação de seus recursos naturais, das suas leis que fixam regras de preservação, conservação e produção sustentável porque, apesar de todos os pesares, de interesses conflitantes, nós conseguimos com amplo debate da sociedade, produzirmos leis adequadas e revisar­mos pontos importantes, como o próprio Código Florestal, dentro de um conceito de sustentabilidade, visando a produção de emprego e renda sem comprometer os nossos recursos naturais.

E é assim que tem que ser. Precisamos ter a preocupação com a sustentabilidade constantemente em nosso foco. Desta forma temos con­dições de comprovar que o desenvolvimento, a geração de crescimento e riqueza é totalmente compatível com um mundo saudável e susten­tável. E que podemos produzir sem comprometer gerações futuras. Ao contrário, podemos edificar com eficiência e melhorar a vida das pessoas na cidade, como estamos fazendo ao implantar obras que transformam a mobilidade urbana, para oferecer mais qualidade de vida.

A qualidade de vida que também está na busca da universa­lização do saneamento básico, que estamos prestes a atingir, com investimentos adequados. Ribeirão Preto será certamente a única de seu tamanho e importância a universalizar o abastecimento de água, a coleta, afastamento e tratamento de esgoto e a coleta e destinação adequada dos resíduos sólidos. A cidade está nos trilhos da susten­tabilidade. O debate de ideias, as discussões do tema, no entanto, devem continuar presentes, para que o foco seja mantido.

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