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19 de abril de 2024 | 8:35
Jornal Tribuna Ribeirão
MARCELO CAMARGO/AG.BR.
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Economia

Preços de tomate e cenoura sobem

Tomate e cenoura apresen­taram aumentos consideráveis nos preços em setembro nas Centrais de Abastecimento (Ceasas) do Brasil. A queda da oferta de tomate provocou elevações de preços de 50% a 60%, especialmente na se­gunda quinzena de setembro, e deve continuar em outu­bro, já que ainda há pouco produto disponível, informa a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), no 10º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado nesta terça-feira, 19 de outubro.

No caso da cenoura, o de­clínio de 6% na oferta total aos mercados atacadistas também impulsionou os preços. “O longo período de estiagem, sobretudo na região de São Go­tardo (MG), prejudicou o desen­volvimento das raízes”, explicou em nota o superintendente de Estudos Agroalimentares e da Sociobiodiversidade da Conab, Marisson Marinho. “Mas a volta das chuvas neste mês de outubro pode indicar boa produtividade da cenoura, o que amenizaria essa elevação”, ponderou.

Segundo o Boletim, a batata registrou acréscimo nos preços na maioria dos mercados, mas com menor intensidade, já que a baixa qualidade do tubérculo freou o aumento. Mesmo assim, no começo de outubro, já foram registradas altas sensíveis nas co­tações do produto, em virtude da queda na oferta causada pe­las chuvas e as poucas áreas em ponto de colheita.

Entre as hortaliças pesqui­sadas, somente alface e cebola mostraram médias de preços mais em conta em setem­bro nos mercados atacadistas avaliados. O preço da cebola recuou, em virtude da maior área plantada em 2021, mas a qualidade piorou, por causa do déficit hídrico e pelas altas temperaturas no período de desenvolvimento do bulbo.

Já a alface ficou mais bara­ta com a recuperação da ofer­ta em parte dos mercados no mês de setembro, após inverno com baixas temperaturas e ge­adas. Para a folhosa, a expecta­tiva é de estabilidade e declínio de preços nos próximos meses, com a demanda desaquecida.

“Apesar das quedas nas co­tações, ainda há possibilidade da alface sofrer aumentos em alguns Estados, pois as chuvas de outubro podem influenciar negativamente a oferta”, afir­ma a gerente de Estudos do Mercado Hortigranjeiro da Conab, Joyce Fraga. A pesqui­sa da Conab considera as cin­co hortaliças (batata, cenoura, cebola, tomate e alface) com maior representatividade na comercialização nas principais Ceasas do país e que registram maior destaque no cálculo da inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geo­grafia e Estatística (IBGE).

Frutas
No segmento de frutas, o estudo da Conab também considerou os alimentos com maior participação na comer­cialização e no cálculo da in­flação (banana, laranja, maçã, mamão e melancia). Segundo a Conab, no mês de setembro, à exceção da melancia, todas as frutas apresentaram aumento nas suas cotações na maioria das Ceasas avaliadas.

Menores ofertas em im­portantes regiões produtoras do país, além da alta dos in­sumos necessários à produção ajudam a explicar esse desem­penho. Cada Ceasa traz as 30 últimas cotações de preços do produto escolhido, por meio de tabela ou gráfico, e ainda é possível obter a lista de conta­tos de empresas atacadistas.

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