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Premiê britânico admite festa e pede desculpas

DANIEL LEAL-OLIVAS/REUTERS

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, pediu “sinceras desculpas” na quarta-feira, 12 de janeiro, por participar de festa na residên­cia oficial durante o primeiro lockdown no país para com­bater o coronavírus. A oposi­ção pede a sua renúncia. Pela primeira vez, o premiê admi­tiu que participou da festa em Downing Street em 20 de maio de 2020, quando as reuniões sociais estavam limitadas, e disse que entende a raiva que as revelações causaram.

“Sei a raiva que eles sentem de mim em relação ao gover­no que lidero, quando pensam que em Downing Street as re­gras não estão sendo seguidas adequadamente pelas pessoas que as fazem”, disse Johnson ao Parlamento. O premiê, que obteve vitória esmagadora nas eleições de 2019 com a pro­messa de garantir a saída do Reino Unido da União Euro­peia, afirmou que se arrepen­deu da ação e pensou que a reunião era evento de trabalho – provocando vaias de parla­mentares da oposição.

“Entrei naquele jardim logo depois das 18 horas do dia 20 de maio de 2020 para agradecer a grupos de funcio­nários antes de voltar ao meu escritório, 25 minutos depois, para continuar trabalhando. Pensando bem, eu deveria ter mandado todos de volta para dentro.” O líder da oposição trabalhista, Keir Starmer, dis­se que Johnson agora deve renunciar e que o público o considera mentiroso. “A festa acabou, primeiro-ministro”, disse Starmer ao premiê.

A indignação com a fes­ta cresceu desde a notícia, dada pela ITV News, de que Johnson e sua esposa Carrie se reuniram com cerca de 40 membros da equipe no jar­dim de Downing Street, após o secretário particular Martin Reynolds enviar convite por e-mail pedindo aos partici­pantes que trouxessem “sua própria bebida” para a festa. Diversas pessoas, incluindo alguns parlamentares, lembra­ram o fato de não poder estar ao lado de familiares e amigos antes de suas mortes em maio de 2020, em contraste com os eventos em Downing Street.

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