18 de abril de 2024 | 23:39
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Economia

Queixas ao Procon sobem 10,7%

Até o final da tarde desta sexta-feira, 26 de novembro, a Fundação Procon de São Pau­lo (Procon-SP) havia recebido 310 reclamações de consumi­dores que tiveram problemas nas compras ou contratações na Black Friday. No mesmo perío­do e horário de 2020, o órgão de proteção ao consumidor havia registrado 280 demandas. O au­mento em 2021 chega a 10,7%, com 30 queixas a mais.

A reclamação mais relata­da até o momento foi quanto a atraso ou não entrega de produ­to/serviço, um total de 78, que correspondem a 25% do total dos casos. Outros dos princi­pais problemas relatados foram: pedido cancelado após a finali­zação da compra (51 reclama­ções, 16% do total); mudança de preço ao finalizar a compra (47 queixas, 15%); maquiagem de desconto – quando o desconto oferecido não é real (43 casos, 14%); produto ou serviço indis­ponível (26 casos, 8% do total).

“Os consumidores devem usar todos os canais disponí­veis para se informar e reclamar nesta Black Friday. Quem tiver algum problema com sua com­pra deve fazer uma reclamação no site do Procon-SP a qualquer hora, assim que acessar a pági­na, o internauta encontra um espaço específico para os re­gistros sobre a data. Nós toma­remos todas as providências para que o consumidor tenha seus direitos respeitados”, afir­ma Fernando Capez, diretor executivo do Procon-SP.

Já nas redes sociais, também até o final da tarde desta sexta­-feira, a Fundação Procon de São Paulo havia recebido um total de 280 consultas sobre o tema. No mesmo período e horário de 2020, foram 178, o que revela um aumento de 57,3% do ano pas­sado para este, 103 casos a mais.
As vendas da promoção Bla­ck Friday devem movimentar o varejo ribeirão-pretano, tanto o físico quanto o eletrônico. Nes­ta época, que antecede o Natal consumidores de todo o mundo vão às compras de fim de ano, atrás de preços mais atrativos.

O Sindicato do Comércio Varejista de Ribeirão Preto e Região (Sincovarp) – atende 43 cidades – diz que o movimen­to foi intenso nesta sexta-feira, apesar da chuva. A entidade es­pera alta de 17,5% nas vendas físicas e de 25% nas compras online em comparação com o mesmo período de 2020. Esta é a primeira onda de vendas de fim de ano, uma vez que coin­cide com a primeira parcela do décimo terceiro salário.

Essa expectativa não é com­partilhada pelo gestor de Comu­nicação e Relações Institucio­nais da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp), Carlos Ferreira. Para ele, mesmo sabendo que a Bla­ck Friday irá impulsionar as receitas de inúmeros estabele­cimentos, a avaliação neste ano é bem pouco otimista.

Carlos Ferreira ainda pontua que os dez produtos mais busca­dos, segundo ranking do Bus­capé, são celular e smartphone, fogão, TV, geladeira, lavadora de roupas, notebook, tênis, ar-con­dicionado, pneus para carros e guarda-roupas. A partir disso, acredita que a realidade de Ri­beirão Preto não será muito di­ferente da nacional.

Em Ribeirão Preto, o mon­tante esperado para o ano pas­sado era de R$ 25,3 milhões, acréscimo de R$ 500 mil em relação aos R$ 24,8 milhões de 2019, alta de 6%, já descontada a inflação e com crescimento real de 1,8%. Um levantamento realizado pelo Instituto de Eco­nomia Maurílio Biagi (Iemb) da Acirp aponta que o pagamento das duas parcelas do décimo terceiro salário deve injetar R$ 652.574.613,58 líquidos na eco­nomia ribeirão-pretana.

E-commerce
Levantamento da Associa­ção Brasileira de Comércio Ele­trônico (ABComm) indica cres­cimento significativo nas vendas e no faturamento.

As lojas virtuais do Brasil es­peravam movimentar R$ 6,38 bilhões apenas nas 24 horas da sexta-feira. É um crescimento 25% superior ao faturamento registrado em 2020, que já havia sido positivo em razão da ace­leração digital provocada pela pandemia de covid-19. Na oca­sião, as vendas passaram de R$ 5,1 bilhões.

Ao todo, mais de 10,28 mi­lhões de pedidos serão conclu­ídos ao longo da Black Friday, com um tíquete médio de R$ 620 – no ano passado, o valor médio foi de R$ 668,70. As cate­gorias “informática”, “celulares”, “eletrônicos”, “moda e acessó­rios” e “casa e decoração” estão em alta no período.

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