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19 de abril de 2024 | 5:04
Jornal Tribuna Ribeirão
© Marcello Casal jr/Agência Brasil
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RP tem mais mortes do que vários países

Na tarde desta segunda­-feira, 6 de julho, o deputado estadual Rafael Silva (PSB) enviou ofícios ao governador João Doria (PSDB), ao secre­tário de Saúde, José Henrique Germann, e ao secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, alertando para um possível colapso na rede de saúde de Ribeirão Preto. O maior motivo é o esgotamento de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para pacientes com covid-19.

O parlamentar cita que a cidade já tem mais mortes que vários países juntos, como Austrália (106), Nova Zelândia (22), Uruguai (28) e Paraguai (20) e que isso já poderia ser considerado uma situação caó­tica. “Não dá pra aceitar o que está acontecendo. Parece que o município está sem comando. Faz uma semana que estamos com taxa de ocupação de leitos em mais de 90%. Chegamos a registrar 98%”, diz.

“Dos 28 respiradores que vieram para o HC, ape­nas dois foram instalados na sexta-feira, dia 03. Temos equipamentos, mas faltam recursos financeiros para contratação de profissionais. A direção dos hospitais luta, mas como fazer sem recur­sos?”, questiona Rafael Silva. Nos ofícios, o deputado so­licita medidas urgentes para Ribeirão, entre elas a transfe­rência de verbas direto para os hospitais, como o próprio Hospital das Clínicas (HC).

“Há verba vindo dos go­vernos estadual e federal, mas não se observa o uso estraté­gico, correto disso. Faltam medicamentos, faltam até cestas básicas. Por isso estou chamando a atenção de todo o governo do Estado. Não podemos ficar de braços cru­zados diante do crescimento de casos e de mortes. Uma morte é muito dolorida. Se pensarmos nas 184 mortes, já temos uma tragédia, princi­palmente se compararmos os dados com outros países que tomaram medidas sérias”, ressaltou o parlamentar.

O deputado também re­lata que diariamente muitos moradores reclamam do aten­dimento no Polo Covid-19, na Unidade de Pronto Aten­dimento (UPA) da Treze de Maio, principalmente pela de­mora ou ausência de testes. E destaca que a região segue, em dados preocupantes, o ritmo de Ribeirão, que é o centro de dezenas de cidades, tanto para tratamento da doença como para local de trabalho.

“Os leitos de UTI, não po­demos nos esquecer, são im­portantes também para outros pacientes de doenças igual­mente graves, ou vítimas de acidentes, por exemplo. Por isso é preciso agir de forma correta e urgente. Ou teremos o caos em Ribeirão”, finaliza.

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