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‘Terceirização’ deve suspender recesso

ALFREDO RISK/ ARQUIVO TRIBUNA

Apesar do início do recesso parlamentar, nesta terça-feira, 16 de julho, a Câmara de Vereadores segue sob iminente clima de vota­ção de projetos. Apesar das sessões ordinárias só voltarem em 1º de agosto, o Legislativo pode receber, ainda hoje, pedido do Executivo para a realização de uma extraor­dinária para votação de propostas da prefeitura de Ribeirão Preto.

O artigo 28 do Regimento In­terno (RI) da Câmara estabelece que este tipo de pedido poderá ser feito pelo prefeito, pela maioria absoluta dos vereadores – no caso de Ribeirão Preto, requerimento com 14 das 27 assinaturas – e pela Comissão Representativa da Casa de Leis, que atualmente ainda não foi nomeada. Segundo o Tribuna apurou, o projeto deve ser proto­colado nesta terça-feira. Consul­tada, a prefeitura não confirmou e disse apenas que estuda a possibi­lidade de enviar o pedido.

Após receber a solicitação, a Câmara terá o prazo de 72 horas para cumprir os trâmites legais para a realização da sessão ex­traordinária, que incluem desde a convocação dos vereadores até a publicação do Diário Oficial do Município (DOM). Já a data e horário da sessão que poderá ser realizada – inclusive no sába­do ou domingo – são definidos pelo presidente do Legislativo, Lincoln Fernandes (PDT), a partir do período estabelecido no requerimento.

Ao Tribuna, Lincoln Fernan­des disse que se o pedido for pro­tocolado, obedecerá os trâmites previstos no Regimento Interno e convocará a sessão o mais rápido possível. A prioridade da prefeitu­ra, segundo a reportagem apurou, é a votar o projeto que credencia Organizações Sociais (OS’s) para assumirem a gestão de 2.509 vagas da educação infantil em sete novas creches e pré-escolas da cidade.

Projeto polêmico
Na última sessão antes do re­cesso, realizada na quinta-feira, 11 de julho, uma manobra da oposição barrou a votação em plenário da proposta que tercei­riza 2.509 vagas em sete novas unidades de educação infantil – creches e pré-escolas. A sessão foi tumultuada e marcada pela presença de professores, educa­dores, conselheiros e servidores ligados á área que lotaram o ple­nário da Câmara.

A ampliação de convênios com as OS’s tem o objetivo de au­mentar o número de matrículas na primeira etapa da educação básica, a chamada educação in­fantil, até o segundo semestre do próximo ano. Segundo a Secreta­ria Municipal da Educação, se o município tiver de implementar as sete novas unidades escolares e criar 2.509 novas vagas, terá um custo de R$ 36 milhões.

Já com a contratação das Organizações Sociais, a despesa seria de R$ 18 milhões, 50% in­ferior. Outra exigência estabele­cida no projeto de terceirização é que as selecionadas atendam somente aos usuários da lista de espera da Secretaria Municipal de Educação. A previsão é de que o governo tem maioria para aprovar a parceria.

Outros projetos
O Tribuna apurou que além do projeto das parcerias com as Organizações Sociais, podem ser votados durante o recesso outras duas propostas do Exe­cutivo que não foram votadas na quinta-feira (11). A primeira permite ao Executivo a realizar operação de crédito de financia­mento, com a Caixa Econômica Federal, até o valor de R$ 115 milhões pelo programa federal “Avançar Cidades”.

Os recursos, caso a proposta seja aprovada, são para o Depar­tamento de Água e Esgotos de Ribeirão Preto (Daerp) investir na setorização e automação de poços e reservatórios, no serviço de caça-fraudes e na detecção de vazamentos não visíveis. Já o segundo diz respeito à extinção e criação de cargos na Secretaria Municipal da Educação.

O projeto foi aprovado em pri­meira discussão e prevê a extinção de 80 cargos de provimento efeti­vo de professor de Educação Bási­ca I e de 50 cargos de provimento efetivo de professor de Educação Básica II. Em contrapartida, serão criados 80 cargos de provimento efetivo de professor de Educação Básica de Arte e 50 de provimento efetivo de professor de Educação Básica HI de Educação Física.

A Secretaria Municipal da Educação argumenta que a cria­ção dos cargos de PEB HI são imprescindíveis para o cumpri­mento da grade curricular mu­nicipal, pois aproximadamente 1.975 aulas das disciplinas de Arte e Educação Física não dispõem de professores efetivos.

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