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Você está por dentro do Pix?

MARCELLO CASAL/AGBR

Começou na segunda-feira (5), o cadastramento de usuários de Pix. O novo sistema de paga­mentos e transferências instantâ­neas, gratuito para pessoas físicas vai funcionar de forma parecida com as transferências DOC e TED. A vantagem é que permi­tirá um acesso mais simples do que os serviços que existem até agora. Outra diferença funda­mental é que o dinheiro passa do pagador ao recebedor de forma praticamente imediata. O sistema não tem restrições, podendo ser acessado a qual­quer hora ou dia da semana.

Instantâneo
As transações feitas pelo sistema serão compensadas instantaneamente. Apenas nos casos em que houver suspeita de fraude, os pagamentos ou transferências podem demorar até 30 minutos para serem ve­rificados. As transações podem ser feitas pelos aplicativos de bancos e de pagamentos para telefone celular ou pelo inter­net banking em computadores.

Chaves
O Pix também ganha velo­cidade porque não é necessário informar todos os dados do be­neficiário. Os usuários do servi­ço podem cadastrar de uma até cinco chaves associadas a uma conta bancária. Com a chave é possível localizar o destinatário do pagamento sem outros dados de identificação.

Poderão ser usados como chave o CPF, o CNPJ, o número do celular, o endereço de correio eletrônico (e-mail) ou um códi­go de 32 dígitos gerado especifi­camente para o Pix (EVP). Basta informar a chave do beneficiário para que o sistema localize o re­cebedor do pagamento e realize a transação. No caso de não ter uma chave, o usuário precisará repassar os dados bancários ao outro envolvido na transação.

O código EVP permite rece­ber pagamentos sem informar nenhum dado pessoal, sendo um código com letras e núme­ros criado especificamente para as transações por meio do Pix. O código aleatório vai possibilitar ainda a geração de códigos de barra do tipo QR Code, que po­dem ser lidos por câmera de ce­lular para fazer pagamentos. Os códigos podem ser fixos, com um mesmo valor de venda (em locais de preço único), ou variá­veis, criados para cada venda.

Quem pode oferecer
Os usuários podem cadas­trar as chaves fazendo contato com as instituições com as quais têm relacionamento. Estão ap­tos a fazer transações pelo Pix bancos, instituições financeiras e plataformas de pagamento.

Limites
Os valores que poderão ser transacionados pelo novo siste­ma vão variar de acordo com o perfil de cada cliente, do mesmo modo que com outros serviços bancários. Os limites variam de no mínimo, segundo a regu­lamentação do Banco Central, 50% do valor das transferências tipo TED até o valor autorizado para compras em débito.

Os limites vão variar de acordo com o dia da semana e o horário em que for utilizado o serviço. O Pix vai funcionar 24 horas por dia, sete dias por semana. As transferências e pa­gamentos também podem ser agendadas, da mesma forma que ocorre com o DOC e a TED.

Tarifas
O Pix é gratuito para trans­ferências ou recebimento por pessoas físicas. Poderão ser cobradas tarifas caso o siste­ma seja usado como meio de recebimento para vendas de produtos ou serviços. As insti­tuições podem ainda tarifar o uso presencial ou por telefone do sistema.
As instituições são livres para tarifar os usuários pessoas jurídicas (empresas).

Início
O sistema vai entrar em operação, em fase experimen­tal, a partir do dia 3 de novem­bro. Nessa etapa, vai funcionar apenas para um número redu­zido de clientes e em horário limitado. Ainda não foram definidos os critérios que vão determinar como serão esco­lhidos os usuários nessa fase experimental. O sistema será aberto para toda a população a partir de 16 de novembro.

Especialista em crimes cibernéticos dá orientações
Se você tem conta bancária ou realiza movimentação financeira, deve ter recebido mensagens para o cadastramento do Pix. Muitos ainda em dúvida, têm receios, principalmente no que envol­ve golpes digitais.
O advogado e professor José Antonio Milagre (foto), perito judicial em informática e especialista em Direito Digital e Crimes Cibernéticos indica ser importante tomar cuidados de segurança. Confira algumas dicas.

– Cuidado com o uso do seu dispositivo
A tecnologia NFC não permite que um pagamento seja disparado com o celular no bolso. Mas a aproximação de pelo menos 10cm, ou equipamentos “encostados” pode disparar um processo de pagamento. Criminosos podem substituir terminais de NFC por terminais falsos, e coletar pagamentos indevidos.

– Cuidados com QRCodes
Muitos fraudadores enviam “QR CODES” fraudados, assim como os golpes que ocorriam com “código de barras”. Verifique sempre a origem dos códigos.

– Atualize sempre os aplicativos
Manter aplicativos e dispositivos sempre atualizados é funda­mental, pois garante que se está em dia com todas as atualiza­ções de segurança.

– Não realizar pagamentos de Internet Pública
Muito cuidado com pagamentos com wi-fi e conexões desconhe­cidas, pois o fraudador poderá interceptar tráfego e utilizar os dados para novas fraudes e golpes.

– Reforce suas senhas
É muito importante em tempos em que o celular se torna uma carteira digital, proteger o dispositivo com senhas ou autentica­ção biométrica. Com a medida, dificulta-se a atuação do frau­dador e caso tenha ocorrido fraude, este poderá responder por invasão de dispositivo informático, sem prejuízo de outros crimes praticados. Lembre-se que se o criminoso tem acesso a sua chave criptográfica, poderá fraudar transações.

Caso tenha sido vítima, preserve o equipamento e procure ajuda especializada para perícia digital e apuração da autoria dos frau­dadores, imediatamente iniciando um processo junto à institui­ção bancária.

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