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18 de abril de 2024 | 0:07
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Você sabe como eram as bibliotecas do Modernismo à Contemporaneidade?

A automatização das bibliotecas, ou seja, a transformação de seus catálogos impressos em catálogos on-line, graças à aplicação das novas tecnologias da informação e comunicação, é ação que se iniciou no século XX. Fruto desse processo, consultas e em­préstimos de obras tornaram-se mais rápidos, bem como, criou-se o Information Commons, espaço físico ou virtual onde recursos de informação podem ser acessados e utilizados, além de ambien­tes híbridos, com computadores convivendo em harmonia com coleções, processos e serviços. Em outras palavras, a informação, tratada e selecionada, passou a permitir um acesso mais rápido e especializado a diversos conteúdos, seja circulando gratuitamente na web seja através de downloads de arquivos.

Para especialistas no assunto, a preocupação com o “tipo” de biblioteca, a saber, se pública, privada, especializada, infantil etc, de até então, tornou-se algo que tende a desapa­recer, cedendo espaço a uma grande diversificação de produ­tos e serviços disponibilizados em suportes informacionais os mais diversos. As palavras de ordem do período, então? Flexibilidade, adaptabilidade, interdependência e coopera­ção, as quais, em conjunto, deságuam num oceano intitulado bibliotecas virtuais/digitais. O conhecimento fragmentado da especialização, priorizado no século anterior, dando lugar ao conhecimento global e interdisciplinar do século atual.

Entretanto, já no próprio século XXI, a oferta, nele mesmo iniciada, de um acervo diferenciado já não basta. Os usuários reclamam serviços e produtos especializados, e em suportes diversos que lhes facilitem o acesso. Em outras palavras, o ama­durecimento da instituição e do usuário em sua relação com a so­cialização do conhecimento leva à necessidade de um acervo que esteja, todo o tempo, em toda a parte, onipresente. E esse alcance passa a lhe ser permitido por uma tecnologia intitulada Compu­tação Ubíqua (Ubiquitous Computing). Tecnologia de computa­dor existente a nossa volta, em diversos dispositivos, e integrada de tal forma que não seja percebida por quem a utiliza, é a mesma do elemento que caracteriza a biblioteca do século XXI, chamado de Biblioteca Ubíqua e de Uso Autônomo.

Com o surgimento das U-Library (Ubiquitous Library) ou M-Library (Mobile Library), as bibliotecas se tornaram acessíveis em tempo integral, graças ao uso de softwares locais ou remotos de aquisição, localização, empréstimo e acesso da informação. Por meio de dispositivos móveis, como tablets, celulares, e-books, e redes sociais, busca-se que à continuidade dos livros na linha do tempo se some a continuidade dos livros no espaço virtual. Mas como inserir o Brasil em tal contexto considerando-se a elevada desigualdade tecnológica que assalta os Estados da nação?

Especialistas sugerem a vinculação do conceito de bi­blioteca ao conceito de portal de acesso de construção de informação e conhecimento, tal como fizeram a biblioteca da Universidade de Sheffield, na Inglaterra, e a Biblioteca da Universidade de São Pau­lo, no Brasil. Tal reestrutura­ção, que responde à inegável necessidade de atualização e modernização das bibliotecas no país, reflete que, por conta do avanço tecnológico, diversos são os processos organizacionais que também sofrem mudanças e necessitam ser atendidos. Recursos de aprendizagem para estudantes do século XXI, esses novos modelos digitais de bibliotecas passando a permi­tir suporte desde um simples trabalho de pesquisa à consultas individuais com especialistas em todo tipo de temática.

O ganho? A motivação de um interesse especial de toda a sociedade pela aquisição e construção do conhecimento.

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