Por: Adalberto Luque
Um motorista por aplicativo gravou, na madrugada desta quinta-feira (10), o que julgava ser um meteoro cruzando os céus de Ribeirão Preto. O avistamento foi filmado pelo motorista Bruno Bergamin por volta de 02h50.

Ele descreve o trajeto da luz vista no céu, vindo do norte para o sul da cidade. Bruno filmou a cena. Bruno estava na marginal esquerda da Rodovia Ribeirão Preto a Bonfim Paulista, de acordo com seu aplicativo.
Segundo o astrônomo Marcelo De Cicco, coordenador do Projeto Exoss e parceiro do Observatório Nacional, não foi um meteoro, mas sim lixo espacial que muitos moradores de Ribeirão Preto viram.

Ele acredita que, pelo horário e trajetória, trata-se do satélite Illuma T 60181, que teria feito sua reentrada na órbita terrestre e pode ter sido visto na região de Ribeirão Preto neste horário. Mas a rota da reentrada ocorreu mais próximo a Franca, a 80 km de distância.
A princípio, são raras as chances de algum detrito de lixo espacial cair em área habitada. “É muito raro um detrito de lixo espacial sobreviver à reentrada. Ele se fragmenta muito. Mas acontece. Já aconteceu, no Brasil, algumas vezes. Lá fora também. É possível cair numa zona habitada, isso não está descartado. Mas é muito raro”, explica De Cicco.
Segundo o astrônomo, à medida em que se lançam mais satélites, mais satélites acabam fazendo sua reentrada e aumentando a possibilidade de lixo espacial cair sobre uma área habitada. Todos os relatos de lixo espacial ou meteoros podem ser feitos pelo link bolido.exoss.org.
Nota oficial
O Projeto Exoss divulgou nota confirmando o evento celeste que chamou a atenção de observadores brasileiros. Trata-se da reentrada de um objeto espacial identificado como NORAD ID 60181. “O fenômeno foi registrado por câmeras all-sky do Observatório do Pico dos Dias (OPD), mantido pelo Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA), e também por testemunhas que capturaram imagens impressionantes do avistamento”, informou a nota.

O Projeto Exoss avalia que esse objeto se junta à lista de detritos espaciais que retornam à terra. “A reentrada ocorreu a uma velocidade estimada de dezenas de milhares de quilômetros por hora, típica de objetos em órbita baixa (LEO, na sigla em inglês). O atrito com a atmosfera causou a incandescência do objeto, criando o efeito de ‘estrela cadente’ ampliado, visível a olho nu. Não há relatos de danos ou fragmentos que tenham atingido o solo, sugerindo que o objeto se desintegrou completamente durante a reentrada.”
O NORAD ID 60181 é cum detrito espacial do satélite ILLUMA-T que foi lançado pela Nasa em 1998. Ainda segundo o Projeto Exoss, câmeras especiais projetadas para capturar meteoros e outros fenômenos transitórios podem ajudar cientistas a analisar a trajetória e composição do objeto, contribuindo para o estudo do ambiente orbital e segurança espacial.
(Atualizado às 13h10)
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