Por: Adalberto Luque
Uma força-tarefa formada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), do Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP), e pela Polícia Militar, por meio do 11º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (BAEP) deflagrou, na manhã desta quinta-feira (3) a Operação Cash Out, com foco no desmantelamento de uma organização criminosa envolvida com o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro em Ribeirão Preto e região.
A operação foi realizada simultaneamente em diversos bairros da cidade. Ao todo, foram cumpridos 6 mandados de prisão temporária e 20 de busca e apreensão. Também foram bloqueados judicialmente R$ 13 milhões em nome dos investigados, além do sequestro de imóveis e a apreensão de veículos, dinheiro em espécie e outros bens.
Durante as diligências, dois homens foram presos em flagrante transportando cerca de 300 quilos de entorpecentes. De acordo com o GAECO, a quadrilha movimentava grandes cargas de drogas vindas de outros estados e utilizava casas de apostas online para lavar o dinheiro obtido com o tráfico, convertendo os valores ilícitos em bens móveis, imóveis e aplicações financeiras. O chefe da organização criminosa está entre os presos. Os detidos foram levados para a Central de Polícia Judiciária (CPJ), no Centro de Ribeirão Preto.
Um dos alvos da operação morreu após confronto com policiais do BAEP na Via Norte, altura do número 6.100, dentro de um condomínio de apartamentos residenciais. Segundo relato de um morador, que prefere não se identificar, ele saía para o trabalho por volta das 06h00 quando viu a chegada dos PMs ao condomínio e ouviu o sobrevoo do helicóptero Águia da Polícia Militar. O morador disse que estava no estacionamento do condomínio e não ouviu disparos, mas foi informado por outra pessoa de que o homem teria reagido à abordagem e acabou baleado e morto no confronto.
O local foi preservado pela Polícia Militar para os trabalhos da Polícia Técnico-Científica, que já havia chegado e iniciado a perícia.
Os integrantes do GAECO devem seguir com a análise do material apreendido. Novas diligências não estão descartadas. O objetivo, segundo o MP, é atingir o núcleo financeiro da organização e impedir o reinvestimento de recursos ilícitos em atividades criminosas. Esta matéria poderá ser atualizada.
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