A primavera começou oficialmente às 15h19 de 22 de setembro e segue até 21 de dezembro, quando começa o verão.
A estação das flores chegou com chuva, com volume superior a 30 milímetros em menos de 24 horas. Porém, os próximos dias serão de calor intenso e tempo seco em Ribeirão Preto. Segundo a Climatempo, a temperatura máxima deve oscilar entre 34 graus Celsius e 37ºC até domingo, 5 de outubro, com mínima entre 21ºC e 24ºC, bem acima da média de 17ºC de setembro.
A umidade relativa do ar pode cair para menos de 20%, estado de alerta. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, quando a umidade relativa do ar fica abaixo de 30% o município entra em estado de atenção.
Quando o índice é inferior a 20% a situação é de alerta. Abaixo de 12% já é considerado caso de emergência. A umidade atingiu 6% em 10 de setembro, a mais baixa do país, estado de emergência, pior que clima de deserto – no Saara, no norte da África, varia de 14% a 20%, e no Atacama, o mais seco do mundo, que vai da região norte do Chile até a fronteira com o Peru, a média é de 5%. Outubro é considerado o mês mais quente do ano em Ribeirão Preto, com máxima de 32 graus, em média.
O ribeirão-pretano já guardou cobertor e edredom, agasalho, cachecol, gorro, luva e meia de lã do armário. A mediana de chuva para o mês na cidade é de 122 milímetros, segundo a Climatempo. Na segunda-feira (29), os termômetros marcaram 36ºC, com umidade na casa de 20%.
Nesta terça-feira (30), a temperatura deve oscilar entre 21ºC de manhãzinha até 37ºC à tarde. A mínima deve ser a mesma até sábado, 4 de outubro (23ºC). Na quarta (1º), a máxima também pode chegar a 37ºC, mesmo índice previsto para domingo (piso de 24ºC).
Chega a 35ºC na quinta (2) e na sexta-feira (3), caindo para 34ºC no dia seguinte. A Defesa Civil do Estado de São Paulo e o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiram alerta de altas temperaturas e baixa umidade para a região, cenário que eleva o risco de incêndios florestais, principalmente quando há rajadas de vento.
A média de chuva para setembro é de 69 mm. São cerca de 35 mm até agora, 50,72% do esperado para o período. Em 2024, Ribeirão Preto enfrentou oito ondas de calor extremo e registrou 116 dias com termômetros marcando acima de 40 graus Celsius, em média. Ou seja, as altas temperaturas castigaram o ribeirão-pretano em quase um terço de 2024, o equivalente a 31,78% do período. A onda de calor é caracterizada quando a temperatura fica, por pelo menos cinco dias seguidos, 5ºC acima da média, que em setembro é de 30 graus.
O cenário pode mudar de uma hora para outra, de acordo com as informações que chegam via satélite. Os dados da Climatempo foram atualizados às 18 horas de ontem.
Em caso de emergência, ligue para a Defesa Civil pelo número 199 ou para o Corpo de Bombeiros pelo número 193. Recomenda que a população evite exposição ao sol nos horários mais quentes do dia, principalmente das dez às 16 horas, e utilize protetor solar, bonés ou chapéus e roupas leves.
Também é essencial manter a hidratação constante, bebendo bastante água ao longo do dia – muita água, suco ou água de coco. A hidratação é essencial para manter o corpo em equilíbrio. Evite atividades físicas intensas ao ar livre nos períodos de maior calor. Além disso, é importante manter os ambientes bem ventilados e refrescar-se sempre que possível. Idosos e crianças requerem atenção especial, pois são mais vulneráveis aos efeitos do calor. É fundamental garantir que estejam sempre bem hidratados, em locais arejados e protegidos do sol.
O prefeito Ricardo Silva (PSD) publicou, no Diário Oficial do Município (DOM) de 21 de julho, o decreto número 160 que institui estado de alerta em Ribeirão Preto devido à estiagem. A medida vale até esta trerça-feira, 30 de setembro, mas pode ser prorrogada.
Proíbe qualquer tipo de queima, incêndio ou uso do fogo em áreas urbanas, rurais, públicas ou privadas durante o período de estiagem, independentemente da finalidade. Infratores estão sujeitos a multa que podem passar de R$ 10 mil, reparação de danos ambientais e responsabilização civil e criminal.
Para este ano, a Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística implementou mudanças na legislação ambiental visando coibir queimadas ilegais. As alterações estabelecem punições mais severas para a utilização irregular do fogo em áreas rurais. A principal mudança é a criação de uma multa específica para proprietários rurais que não adotarem medidas preventivas contra incêndios florestais, com valores que variam entre R$ 5 mil e R$ 10 milhões.
A norma também aumenta as penalidades para quem provocar incêndios em áreas produtivas ou vegetação sem autorização, com multas de R$ 3 mil por hectare atingido, podendo dobrar em casos mais graves, como incêndios em terras indígenas. A legislação anterior previa multa de até R$ 1,5 mil por hectare.

