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Política


Trump e Lula vão se encontrar domingo na Malásia

Yuri Gripas/Reuters e Marcelo Camargo/Ag.Br. 
O encontro entre os presidentes Donald Trump e Luiz Inácio Lula da Silva foi agendado para o fim da tarde de domingo, 26 e outubro, em Kuala Lumpur

Reunião ainda não foi divulgada pelo governo brasileiro, de acordo com fontes, por cautela, já que o anúncio tampouco foi feito até o momento pela Casa Branca



Célia Froufe (AE)

O encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e o americano Donald Trump foi agendado para o fim da tarde de domingo, 26 e outubro, em Kuala Lumpur, na Malásia, durante a cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean) – início da manhã do mesmo dia no Brasil. A reunião ainda não foi divulgada pelo governo brasileiro, de acordo com fontes, por cautela, já que o anúncio tampouco foi feito até o momento pela Casa Branca.

Na segunda-feira (20), o Itamaraty havia adiantado que a reunião poderia ocorrer no domingo. Autoridades atualmente discutem a realização da reunião entre os dois no país asiático, informa a mídia dos EUA. O governo brasileiro ainda não confirmou oficialmente o encontro, uma vez que o anúncio também não foi feito pela Casa Branca.

De acordo com a Bloomberg, a estratégia de Brasília é aguardar que Trump apresente suas demandas antes de colocar suas próprias propostas sobre a mesa, conforme duas fontes com conhecimento direto das discussões.

Os dois presidentes estarão na Malásia para participar da 47ª Cúpula da Asean, e o local foi considerado adequado por ambos os lados por ser “neutro”. 

Lula e Trump se encontraram pessoalmente pela primeira vez durante a Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU), em Nova York, de forma breve.

Em seguida, conversaram por telefone, ocasião em que Lula teria pedido a Trump que revisse a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros – geral de 10% e adicional de 40% direcionada apenas ao Brasil.

A medida veio acompanhada de uma lista de isenções de quase 700 itens, com alívio a setores como o de suco de laranja e o de fabricação de aeronaves. Além do tema tarifário, também deve entrar na pauta a escalada das tensões entre os Estados Unidos e dois países da América Latina – Venezuela e Colômbia.

A diplomacia brasileira pretende atuar com cautela nesse encontro, sem expectativa de soluções imediatas. Está claro, porém, que não serão discutidos assuntos relacionados à política interna do Brasil. No dia 6, após meses de tensão diplomática, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, se encontrou por uma hora com o secretário de Estado americano, Marco Rubio, na Casa Branca, em Washington. 

Segundo o chanceler, a conversa ocorreu em clima de “excelente descontração e troca de ideias”, com foco principal nas tarifas impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros.

“Foi muito produtivo, com muita disposição para trabalhar em conjunto e traçar uma agenda bilateral de comércio”, disse Vieira em entrevista a jornalistas. A reunião teve duas etapas: uma conversa privada entre os dois ministros e, em seguida, a participação de diplomatas e representantes comerciais de ambos os governos. 

Vieira confirmou que as equipes técnicas devem começar a negociar “em breve” medidas para tentar reverter as tarifas de 50% aplicadas por Washington desde agosto.

Vieira também afirmou que os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump devem se encontrar nos próximos meses,

Donald Trump voltou a defender ontem as tarifas impostas sobre a importação de gado e produtos bovinos, mencionando o Brasil entre os países afetados.

Em publicações na Truth Social, ele afirmou que os pecuaristas americanos “estão indo tão bem, pela primeira vez em décadas”, graças às medidas de proteção comercial adotadas em seu governo.

”O único motivo pelo qual eles estão indo tão bem é porque eu impus tarifas sobre o gado que entra nos Estados Unidos, incluindo uma tarifa de 50% sobre o Brasil”, escreveu Trump.

“Se não fosse por mim, eles estariam como estiveram nos últimos 20 anos – terrivelmente!”, acrescentou. Apesar de ter citado o país, a tarifa mencionada por Trump faz parte do pacote tarifário já anunciado anteriormente.

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