Desde esta terça-feira, 2 de setembro, a Secretaria Municipal de Saúde inicia a vacinação contra a febre amarela na Unidade Básica de Saúde (UBS) do campus da Universidade de São Paulo (USP), que funcionará até o final de setembro. A medida foi adotada após a confirmação da doença em um sagui encontrado morto, analisado pelo Instituto Adolfo Lutz. A vacinação atenderá a comunidade universitária e também os visitantes, das 8h30 às 16 horas, de segunda a sexta-feira. Além disso, a vacina segue disponível em todas as 47 salas de vacinas de Ribeirão Preto. De acordo com Luzia Márcia Romanholi Passos, a detecção do vírus no sagui funciona como um alerta precoce para a circulação da febre amarela, mas não representa risco de transmissão direta dos animais para os humanos.
“Os macacos não transmitem a doença. Eles são vítimas e ajudam a identificar a circulação do vírus, por isso jamais devem ser agredidos”, afirma. Paralelamente à vacinação, as equipes de agentes de vetores seguem nas ações de bloqueio e controle do mosquito Aedes aegypti, transmissor da febre amarela e também da dengue, chikungunya e zika vírus. A vacina contra a febre amarela faz parte do calendário vacinal e as crianças devem ser imunizadas aos nove meses e depois, aos quatro anos. Após essa idade, uma única dose garante a proteção. Atualmente, a cobertura vacinal de crianças de quatro anos é de 87,9%. Graças a uma resposta rápida e coordenada da prefeitura, o município não registra, até o momento, nenhum caso de febre amarela em humanos. Um plano emergencial de prevenção foi colocado em prática no dia 2 de janeiro, após a confirmação da presença do vírus em macacos bugios encontrados no campus da USP no final do ano passado. Foram feitas buscas ativas para vacinação, houve a ampliação do horário de atendimento das salas de vacina e intensificação do trabalho dos agentes de vetores também aos finais de semana, para o combate ao mosquito.

