Foram consultadas 91 imobiliárias em181 cidades da região metropolitana; vendas e locações desabaram em setembro
A pesquisa do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo (CreciSP) comparou os mercados de venda e locação de casas e apartamentos em outubro com os resultados obtidos em setembro deste ano. Foram consultadas 91 imobiliárias que atuam em 18 cidades da região metropolitana.
O levantamento envolve Ribeirão Preto, Batatais, Brodowski, Cajuru, Cássia dos Coqueiros, Guariba, Guatapará, Jaboticabal, Jardinópolis, Mococa, Nuporanga, Orlândia, Sales Oliveira, Santa Cruz da Esperança, Santa Rita do Passa Quatro, Santa Rosa de Viterbo, Santo Antônio da Alegria e Sertãozinho. Todas essas cidades ficam na região metropolitana, composta por 34 municípios.
As vendas recuaram pelo segundo mês seguido. Após queda de 11,48% em setembro, caíram 6,58% em outubro, depois de disparar 23,92% em agosto. Antes, havia registrado baixas em janeiro (-27,32%), fevereiro (-3,91%), maio (-13,04%) e julho (-45.09%) e altas em março (23,72%), abril (1,79%) e junho (50,58%) – acumula retração de 7,41% em dez meses, segundo o levantamento do CreciSP. Terminou 2024 com quatro meses seguidos de alta – setembro (80,8%), outubro (65,9%), novembro (41,3%) e dezembro (6,1%).
Fechou o ano passado com alta acumulada de 86,41%, segundo a pesquisa CreciSP, após elevação de 0,91% em 2023. O volume de novos contratos de locação assinados em outubro despencou 50,43%, após alta de 63,30% em setembro e quedas de 14,42% em agosto, de 20,51% em julho, de 11,11% em maio e 70,28% em abril, ante avanço de 263,16% em junho. Já havia recuado 45,06% em janeiro, mas subiu 86,36% em fevereiro e 26,19% em março.
Ainda acumula alta de 227,20% em dez meses. Avançou 23,9% em dezembro avançou 23,9%, após queda de 4,8% em novembro, ante alta de 65,3% em outubro, depois de disparar 320,8% em setembro – o crescimento acumulado no ano passado foi de 516,91%. Encerrou 2023 em baixa de 87,34%. Segundo o CreciSP, os dados revelam um mercado fortemente concentrado em imóveis de alto valor e com predominância de transações em áreas nobres.
Esse comportamento ocorre justamente quando a região se prepara para receber um grande pacote de obras viárias anunciado para 2026, que deve modernizar acessos, ampliar a mobilidade e estimular novos investimentos. Além disso, iniciativas estaduais como os Feirões Casa Paulista, com bilhões em cartas de crédito e entregas recentes em cidades como Jaboticabal e Serrana, reforçam o potencial de expansão do mercado e impulsionam a expectativa de retomada do ritmo de vendas ao longo dos próximos meses.
Para o CreciSP, os resultados reafirmam que Ribeirão Preto segue como um polo imobiliário estratégico do Interior paulista, com alta procura por imóveis bem localizados e de padrão elevado, e fortemente beneficiado pelo conjunto de obras, investimentos logísticos e políticas habitacionais que ampliam a capacidade econômica e impulsionam a confiança de compradores, locatários e investidores.
Segundo o CreciSP, as vendas de casas responderam por 27% dos negócios e os apartamentos ficaram com 73% do mercado em outubro. Quando o assunto é aluguel, a preferência também é por imóveis em edifícios: 55%. Já 45% dos locatários preferem morar em unidades térreas ou sobrados. O valor médio das casas e apartamentos vendidos ficaram acima de R$ 500 mil. A maioria das casas vendidas era de dois dormitórios, e área útil de 50 metros quadrados a 200 m². A maior parte dos apartamentos vendidos em outubro era de dois dormitórios e área útil de 50 m² a 100 m².
Segundo o CreciSP, 27,7% das propriedades vendidas em outubro estavam situadas na periferia, 12,8% nas regiões centrais e 59,6% nas áreas nobres. Com relação às modalidades de venda, 37% foram financiadas pela Caixa Econômica Federal, 2,2% por outros bancos, 39,1% diretamente pelos proprietários, 21,7% dos negócios foram fechados à vista e nenhum por consórcio no período.
Locações – A faixa de preço de locação de preferência dos inquilinos de casas e apartamentos ficou entre R$ 1.000 e R$ 1.500 em outubro. A maioria das casas era de dois dormitórios, entre 50 m² e 100 m² de área útil. A maior parte dos apartamentos era de até dois dormitórios entre 50 m² e 100 m². A principal garantia locatícia escolhida pelos locatários foi o seguro fiança. Os novos inquilinos optaram por imóveis situados na região nobre das cidades pesquisadas (18,8%), na região central (37,5%) e bairros da periferia (43,8%). Todos que encerraram os contratos de locação (100%) não informaram a razão da mudança.

