Por Pedro Lima
A Venezuela denunciou o que chamou de “ato de pirataria internacional” após o que descreve como o “roubo descarado” de um navio petroleiro no mar do Caribe, atribuído diretamente aos Estados Unidos. O governo venezuelano ainda destaca que a ação foi “anunciada de maneira pública” pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, elevando ainda mais as tensões entre as duas nações.
O texto, enviado via Telegram pelo ministro das Relações Exteriores do país, Yván Gil Pinto, afirma que não se trata de um episódio isolado. O governo diz que Washington “já em sua campanha de 2024 afirmou abertamente que seu objetivo sempre foi ficar com o petróleo venezuelano sem pagar nenhuma contraprestação”, interpretando o incidente como parte de um “plano deliberado de despojo de nossas riquezas energéticas”.
A Venezuela também relaciona o episódio ao litígio envolvendo a Citgo, chamando-o de “roubo mediante mecanismos judiciais fraudulentos e à margem de qualquer norma”. Em outra frente, o comunicado ainda denuncia tentativas de “mudança de regime”, com uma saída forçada de Nicolás Maduro, apoiadas por governos ocidentais.
Os EUA anunciaram ontem que capturaram um navio petroleiro na costa da Venezuela. “Como vocês provavelmente sabem, acabamos de apreender um petroleiro na costa da Venezuela”, afirmou Trump. “É um grande petroleiro, muito grande. O maior já apreendido.”

