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Projeto de R$ 1 bilhão – Via Leste-Oeste terá 21,7 km

Alfredo Risk
 Via Leste-Oeste terá 27,1 quilômetros de extensão

Prefeito Ricardo Silva assinou contrato de linha crédito que libera R$ 1,1 bilhão para a Via Leste-Oeste; deputado Baleia Rossi (MDB) intermediou negociação com presidente Lula

Ribeirão Preto dá um passo histórico na transformação da sua mobilidade urbana. O prefeito Ricardo Silva (PSD) assinou, na tarde desta quinta-feira, 18 de dezembro, em cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília, contrato com o governo federal que prevê a liberação de uma linha de crédito no valor de R$ 1,1 bilhão para a implantação da Via Leste-Oeste, o maior investimento em mobilidade urbana já realizado na história do município, um dos compromissos de campanha do chefe do Executivo.

Divulgação/Ministério das Cidades

Comitiva de Ribeirão Preto com o presidente Lula e representantes do governo federal no Palácio do Planalto: maior investimento em mobilidade urbana

Os recursos serão liberados por meio do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Avançar Cidades, vinculado ao Ministério das Cidades, e têm como objetivo interligar regiões estratégicas da cidade, melhorar a fluidez do trânsito e impulsionar o desenvolvimento urbano de forma planejada e sustentável.

A cerimônia contou com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT); do prefeito Ricardo Silva; do ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho;, do deputado federal Baleia Rossi (MDB); do estadual Léo Oliveira (MDB); das vereadoras Duda Hidalgo (PT) e Perla Müller (PT) e demais autoridades.

A assinatura do contrato oficializa uma articulação institucional que viabiliza obras aguardadas há mais de 60 anos pela população de Ribeirão Preto.

“A Via Leste-Oeste é uma conquista que nasce do diálogo, da articulação e da responsabilidade com a cidade.

Esse foi um compromisso que assumimos ainda na campanha e que sempre tratamos como prioridade absoluta. Aqui não se trata de bandeira partidária, mas de empenho, de trabalho sério e de ir atrás daquilo que Ribeirão Preto realmente precisa e almeja há décadas”, diz Ricardo Silva.

“Quero registrar um agradecimento especial ao deputado federal Baleia Rossi, que é um grande parceiro de Ribeirão Preto e teve papel fundamental na articulação e na viabilização dessa conquista histórica. É um investimento que olha para as pessoas, para o desenvolvimento da cidade e para o futuro de Ribeirão”, afirma, sem citar o presidente.

“Estamos fazendo história. Após muitas décadas, vamos finalmente tirar do papel esse projeto que vai mudar a vida de mais de 345 mil pessoas nas regiões Leste, Oeste e Norte. Melhorar a mobilidade, organizar o crescimento de Ribeirão e prepará-la para o futuro”, diz Baleia Rossi.

Divulgação/Ministério das Cidades

Deputado Baleia Rossi, ministro Jader Barbarlho Filho, prefeito Ricardo Silva e presidente Lula: governo federal liberou crédito de R$ 1,1 bilhão para obra

A agenda com o presidente Lula reforça o empenho da atual gestão em manter diálogo permanente e articulação ativa junto às esferas Federal e Estadual.

“Estamos buscando recursos, parcerias e soluções concretas para executar obras e atender, com responsabilidade e planejamento, as reais necessidades de Ribeirão Preto”, enfatizou Ricardo.

A Via Leste-Oeste – A Via Leste-Oeste é a mais ampla e estratégica intervenção de mobilidade urbana já planejada no município. Trata-se de uma obra estruturante, de impacto metropolitano, que reorganiza a lógica de deslocamento da cidade, conecta regiões historicamente separadas e prepara Ribeirão Preto para um novo ciclo de crescimento urbano.

O projeto cria um grande eixo viário perimetral, conectando as zonas Leste e Oeste e permitindo deslocamentos mais rápidos, seguros e eficientes entre os bairros, sem sobrecarregar o sistema viário central, hoje concentrado em corredores já saturados, como as avenidas Treze de Maio, Capitão Salomão, Dom Pedro I e o eixo central da cidade.

Com aproximadamente 27,1 quilômetros de extensão, a Via Leste-Oeste configura-se como uma das maiores intervenções de mobilidade urbana já realizadas em Ribeirão Preto, com impacto direto na organização do trânsito, na dinâmica urbana e no funcionamento do transporte coletivo. 

O projeto é composto por um conjunto integrado de obras viárias, urbanísticas e ambientais que requalifica e implanta avenidas estratégicas ao longo de um extenso traçado que atravessa a cidade de ponta a ponta.


Zona Leste – Na região Leste, um dos principais destaques é a avenida do Tanquinho, considerada um dos projetos viários mais antigos e aguardados da história do município. Concebida ainda na década de 1960, a obra permaneceu por mais de 60 anos como uma demanda histórica da cidade e, agora, finalmente sai do papel com a viabilização da linha de crédito federal.

A implantação da avenida do Tanquinho prevê a criação de um novo eixo estrutural de mobilidade, conectando áreas estratégicas e promovendo uma transformação profunda na circulação urbana.

O projeto contempla a implantação da avenida do Tanquinho no trecho entre a avenida Marechal Costa e Silva e a rua Onze de Agosto, dando continuidade à avenida Guido Golfeto, além de sua extensão entre a avenida Clóvis Bevilacqua e a Antônio Gomes da Silva Júnior.

Também estão previstas a requalificação das avenidas José Gomes da Silva e Barão do Bananal e a criação de uma nova avenida de ligação entre a avenida Clóvis Bevilacqua e a avenida Professora Diná Rizzi, ampliando significativamente a conectividade urbana da região.

Implantada às margens do córrego do Tanquinho, a nova avenida será integrada a um parque linear, com soluções modernas de drenagem urbana, recuperação ambiental, calçadas acessíveis, ciclovias e áreas arborizadas.

Além de reduzir de forma expressiva o tempo de deslocamento entre bairros das zonas Leste, Norte e Oeste, a avenida do Tanquinho terá papel fundamental na redistribuição do tráfego, desafogando corredores já saturados e oferecendo uma alternativa moderna, eficiente e sustentável de circulação.

Zona Oeste – Na região Oeste, o projeto prevê a duplicação e requalificação da avenida Rio Pardo, com a criação de um parque linear no antigo leito ferroviário, além da integração com a Via Norte e a revitalização do Parque Linear Ulysses Guimarães.

A Via Leste-Oeste inclui ainda novas conexões viárias, pontes e adequações geométricas em pontos-chave do sistema viário, além da integração com áreas como o Morro da Vitória, ampliando a conectividade urbana.

Projeto audacioso em Ribeirão Preto – Reprodução Google

Concebida a partir do conceito de via completa, a Via Leste-Oeste prioriza não apenas os veículos, mas sobretudo as pessoas, com faixas exclusivas para o transporte coletivo, ciclovias contínuas e conectadas à malha existente, calçadas acessíveis e seguras, travessias qualificadas para pedestres e canteiros centrais amplos e arborizados, reforçando o compromisso da atual gestão com uma mobilidade mais democrática, sustentável e alinhada às melhores práticas urbanas contemporâneas.

O novo eixo estabelece ligações diretas com os principais corredores viários e rodoviários de Ribeirão Preto, fortalecendo o papel estratégico do município na região. A Via Leste-Oeste se conecta às rodovias Anhanguera (SP-330) e Alexandre Balbo (SP-328) e às avenidas Presidente Castelo Branco, Maurílio Biagi, Presidente Vargas e Independência, ampliando a fluidez do tráfego urbano e regional, melhorando o acesso a polos econômicos e logísticos e criando oportunidades de desenvolvimento ao longo de todo o seu traçado.

O projeto reconhece ainda a complexidade social e ambiental das áreas atravessadas pela Via Leste-Oeste, especialmente nas regiões do Tanquinho, Rio Pardo e Lagoinha, onde há presença de populações em situação de vulnerabilidade.

Por isso, sua implantação envolve uma atuação integrada de políticas públicas, com planejamento urbano responsável, ações sociais e reassentamentos quando necessários, sempre com foco na dignidade, no diálogo e na inclusão.

Do ponto de vista ambiental, a Via Leste-Oeste prioriza soluções modernas de drenagem urbana, manejo eficiente das águas pluviais, respeito às áreas de preservação permanente e a recuperação ambiental, com a criação de parques lineares ao longo dos cursos d’água.

Com a liberação da linha de crédito federal, Ribeirão Preto viabiliza um projeto estruturante, histórico e transformador, que reposiciona a cidade em um novo patamar de mobilidade, integração urbana e desenvolvimento sustentável. A verba é oriunda do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), com juros entre 8% e 9% ao ano, com quatro anos de carência para início do pagamento e 20 anos para quitação.

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