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Câmara aprova Plano Diretor

Depois de 15 anos da última revisão, realizada em 2003 com base em projeto original de 1995, o Plano Diretor de Ribei­rão Preto foi aprovado, em pri­meira discussão, em sessão ex­traordinária realizada na noite desta terça-feira, 10 de abril, na Câmara. Das 53 emendas pro­postas – 47 apresentadas por oito dos 27 vereadores e mais seis da Comissão de Justiça e Redação, a popular Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) –, apenas 20 passaram.

Três emendas foram retira­das, três ficaram sem parecer da CCJ, 25 foram negadas e duas foram substituídas e acabaram prejudicadas. Para ser definitiva­mente aprovado, o projeto de lei complementar nº 68/17 precisa passar por duas votações. Na sessão desta terça-feira, com os 27 vereadores presentes, a pro­posta recebeu 22 votos favorá­veis e apenas quatro contrários. Houve discussão no plenário e a decisão foi tensa.

Para ser aprovada, a revi­são do Plano Diretor precisa de maioria qualificada – dois terços dos votos, ou 18 do total da Casa de Leis. Votaram contra o pro­jeto Adauto Honorato, o “Mar­mita” (PR), Jean Corauci (PDT), Lincoln Fernandes (PDT) e Or­lando Pesoti (PDT). A CCJ deu parecer contrário a três emendas e todos as demais foram à vo­tação, sendo a grande maioria rejeitada, inclusive a emenda de nº 01, de Lincoln Fernandes, que transferia para o Legislativo a atribuição de definir os parâ­metros de ocupação do solo na Zona Leste, área de recarga do Aquífero Guarani.

Alguns vereadores como Gláucia Berenice (PSDB), Lu­ciano Mega (PDT), Igor Olivei­ra (MDB), Elizeu Rocha (PP), Alessandro Maraca (MDB) e Marcos Papa (Rede Sustentabili­dade) conseguiram aprovar suas sugestões. Duas emendas apre­sentadas pela CCJ, após acerto com a administração municipal, foram rejeitadas.

Uma reduziria as Zonas Es­peciais de Interesse Social (Zeis) e outra exigia que o Executivo apresentasse os planos de sus­tentação da nova área de expan­são urbana/perímetro urbano quando do encaminhamento ao Legislativo dos projetos comple­mentares ao Plano Diretor – Lei de Uso e Ocupação do Solo, do Sistema Viário, Drenagem Plu­vial entre outros. Outras duas subemendas da CCJ para corri­gir erros gramaticais de emendas de vereadores foram aprovadas.

Ao todo, serão revisadas ou elaboradas 15 leis complementa­res ao Plano Diretor. Doze delas deverão ficar prontas doze meses após a promulgação. As outras três, em dois anos: Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo, Código Municipal do Meio Ambiente, Código de Obras, Plano Viário, Plano Municipal de Saneamen­to Básico, Plano de Gestão In­tegrada dos Resíduos Sólidos, Código de Posturas Municipais, Plano de Macrodrenagem, Plano de Mobilidade Urbana, Plano Municipal de Turismo, Código Sanitário Municipal, Plano Local de Habitação de Interesse Social e Lei de Ha­bitação de Interesse Social.

Encaminhado pelo Executi­vo, o projeto chegou à Câmara em outubro do ano passado, quando começaram a correr os prazos previstos na Lei Orgâni­ca do Município (LOM). A CCJ é presidida por Isaac Antunes (PR) que emitiu parecer final e favorável, com ressalvas. Ape­nas oito dos 27 vereadores (um terço do total) apresentaram emendas. Segundo a lei federal nº 10.257/2001 (Estatuto das Ci­dades), a revisão do Plano Dire­tor deve ocorrer a cada dez anos, pelo menos.

Em comunicado enviado à imprensa, o Fórum pela Gestão Democrática e Participativa de Ribeirão Preto, que reúne enti­dades e cidadãos a fim de atuar na elaboração, implementação e fiscalização de políticas públicas da cidade nos espaços de parti­cipação legalmente garantidos, chegou a divulgar, na véspera da sessão, parecer em que critica o projeto de lei de revisão do Plano Diretor. O fórum encaminhou à CCJ relatório produzido por equipe multidisciplinar.
No documento, sustenta que “a elaboração do projeto de lei complementar nº 68 de 2017 foi realizada pelo Executivo de Ribeirão Preto sem a garantia da devida participação popular e sem o atendimento ao conteúdo mínimo exigidos e previstos tan­to pela legislação positivada, re­soluções do Conselho Nacional das Cidades, doutrina, jurispru­dência e materiais produzidos pelo Ministério Público do Es­tado de São Paulo e pelo Minis­tério das Cidades”. Diz também que “o parecer foi elaborado por especialistas, pesquisadores e profissionais da área do direito, arquitetura-urbanismo, jornalis­mo, sociologia e geografia que compõem o Fórum Pela Gestão Democrática e Participativa de Ribeirão Preto.”

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