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RP é líder do ranking dos furtos de motos

JF PIMENTA-ESPECIAL PARA O TRIBUNA

O Estado de São Paulo acu­mula um total de 31.581 roubos e furtos de motocicletas em doze meses, entre outubro de 2018 e setembro de 2019, uma média de 2.625 ocorrências por mês. O número é alto, mesmo com uma queda de 2,51% quando comparado com os 32.395 casos registrados no mesmo período entre 2017 e o ano passado – 814 ocorrências a menos.

Ribeirão Preto é a cidade do interior paulista com maior inci­dência de furtos, sendo respon­sável por 2,76% dos casos, e é a 11ª no ranking top 15 do roubo de motos, com 1,63% – no to­tal, responde por cerca de 1.390 ocorrências entre outubro de 2018 e setembro deste ano, mé­dia de 115 por mês, quase quatro por dia. No Estado de São Paulo todo, entre os 645 municípios, só perde para a capital, que conta­biliza 34,71% dos furtos e 41,9% dos roubos.

Os dados são do Boletim Econômico Tracker-Fecap da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECA), que analisa dados da Secretaria de Segurança Pública de São Pau­lo (SSP-SP). Segundo o relató­rio, o índice cresce em dezem­bro, mês recordista de roubo e furto de motos. Neste mesmo período do ano passado foram registrados 4.042 eventos, com 131 motos roubadas ou fur­tadas por dia, alta de 54% em comparação à média mensal.

Um dado curioso: o clima influencia o aumento dos cri­mes, segundo o estudo. “Os últimos três meses do ano apresentaram maior volume de boletins. Mas no caso de roubo, especialmente em de­zembro, o índice chega a ser o dobro da média mensal e o mês de novembro fica 50% acima. Julho é o que registra menos eventos. Esses números deixam claro que o fator clima favorece a ação dos bandidos. Ou seja, quanto mais motos na rua, maior a oportunidade para os criminosos”, analisa o coordenador do Núcleo de Pesquisa da Fecap, Erivaldo Costa Vieira.

Em Ribeirão Preto, a Polícia Militar informa que, entre janei­ro e outubro deste ano, os casos de roubos e furtos de motos caíram 3,68% em comparação com o mesmo período de 2018. Também orienta as vítimas a registrar boletim de ocorrência para que a PM reforce o policia­mento ostensivo nas áreas com maior incidência de crimes.

Segundo dados do levanta­mento “Estatísticas da Crimi­nalidade”, divulgados pela SSP/ SP em seu site, os furtos de ve­ículos cresceram 2,6% em dez meses deste ano na compara­ção com o mesmo período de 2018 – saltaram de 1.405 para 1.442, aporte de 37. A média mensal passou de 140 casos para 144 e a diária saltou para quase cinco (4,8).

Os roubos de veículos ca­íram 19%, de 577 ocorrências para 467, ou 110 a menos em 2019. A média mensal recuou de 57 para 46 e a diária, abaixo de dois por dia em ambos os períodos (1,8 e 1,5), ficou es­tável. O índice de recuperação de veículos pelas polícias Civil e Militar também caiu 25,9% – ficou em 1.080 de janeiro a outubro de 2018 (cerca de 108 por mês e mais de três por dia) e agora baixou para 800 (média mensal de 80 e diária inferior a três – 2,6), com 280 a menos.

Roubos crescem nos finais de semana – Sábados, domin­gos e feriados são os dias de maior incidência de roubos, com alta já registrada a partir da sexta-feira. No sábado, os números são, em média, 20% maiores que os dias da semana e no domingo o volume de re­gistros fica 30% acima da mé­dia. O período da noite é o pre­ferido pelos criminosos (50,1% das ocorrências), seguido pela madrugada (18,3%).

O coordenador do Centro de Operações do Grupo Tra­cker, Vitor Correa, explica que no verão muitos delitos ocor­rem aos finais de semana. “Boa parte das motos apreendidas pela polícia é destinada para a chamada ‘ostentação’, prática em que os criminosos desfilam com o produto do crime pe­las periferias, nos ‘rolezinhos’ e nos bailes funk. Outra parte é direcionada para o desman­che, visando à comercialização no mercado ilegal”.

Já os crimes de furto ocor­rem em maior volume nos dias da semana (terça, quarta e quinta), com acentuada redu­ção nos finais de semana. “Os delitos são efetuados em via pública, na grande maioria dos casos, quando as motocicletas estão estacionadas e os pro­prietários distantes. Por isso, 44% das ocorrências ocorrem durante o dia e 31% à noite, as madrugadas respondem por outros 16,4%”, afirma Erivaldo Costa Vieira.

No período analisado, a ci­dade de São Paulo respondeu por 41,9% dos roubos de moto no Estado e por 34,7% dos fur­tos. Entre os 15 municípios que registram maior número de ocorrências de roubo, apenas três não estão localizados na região da Grande São Paulo: Campinas, Sorocaba e Ribei­rão Preto. Dos municípios da Grande São Paulo, excluindo a Capital, 12% das ocorrências são no ABCD.

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