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Inflação de março é de apenas 0,07%

FOTO: TRIBUNA IMAGEM

A inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ficou em 0,07% em março deste ano. Este é o menor resultado para o mês desde o início do Plano Real, em 1994. A taxa também ficou abaixo da regis­trada em fevereiro deste ano (0,25%). Segundo dados divul­gados nesta quinta-feira, 9 de abril, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o indexador acumula taxas de 0,53% no ano e de 3,3% em doze meses – fechou 2019 em 4,31%, acima do centro da meta do Banco Central, de 4,25%.

Vale destacar que o IBGE suspendeu a coleta de preços de forma presencial no dia 18 de março, devido à pandemia do novo coronavírus, causa­dor da covid-19. A partir dessa data, os preços passaram a ser coletados pela internet, telefo­ne e e-mail. A maior alta foi observada no grupo alimenta­ção e bebidas (1,13%), devido à alta de preços de itens como ovo de galinha (4,67%), a ba­tata-inglesa (8,16%), o tomate (15,74%), a cebola (20,31%) e a cenoura (20,39%).

Também tiveram inflação os grupos educação (0,59%), vestuário (0,21%), saúde e cui­dados pessoais (0,23%), habi­tação (0,13%) e comunicação (0,04%). Por outro lado, os transportes tiveram deflação (queda de preços) de 0,90% e ajudaram a frear a inflação. O comportamento do grupo foi influenciado pela queda de preços de itens como passa­gens aéreas (-16,75%), etanol (-2,82%), óleo diesel (-2,55%), gasolina (-1,75%) e gás veicular (-0,78%). Também tiveram de­flação os artigos de residência (-1,08%) e as despesas pessoais (-0,23%).

O grupo alimentação e bebidas saiu de uma taxa de 0,11% em fevereiro para 1,13% em março, a maior variação e também maior impacto na inflação do mês, de 0,22 pon­to percentual. Os preços dos alimentos foram pressionados em parte pela corrida da po­pulação aos supermercados em função da orientação de isola­mento para evitar a dissemina­ção do novo coronavírus. Tam­bém houve forte influência da alimentação no domicílio, que passou de 0,06% em fevereiro para 1,40% em março.

Nos supermercados, as famílias pagaram mais caro especialmente pelo ovo de ga­linha (4,67%), a batata-inglesa (8,16%), o tomate (15,74%), a cebola (20,31%) e a cenoura (20,39%). Os preços das carnes, por sua vez, caíram pelo terceiro mês seguido (-0,30%), acumu­lando queda de 7,70% no ano. A alimentação fora do domicí­lio também acelerou na passa­gem de fevereiro (0,22%) para março (0,51%), puxada pela alta do lanche (1,90%). A refeição, por outro lado, registrou de­flação (-0,10%), após a alta de 0,35% no IPCA de fevereiro.

A inflação de serviços re­cuou 0,14% em março, já sob influência do fechamento de estabelecimentos na quarente­na. No mês passado os preços de serviços haviam tido alta de 0,68%. Os dados do IBGE destacam quedas mais expres­sivas em itens relacionados ao turismo, como passagens aé­reas (-16,75%), hospedagem (-1,98%) e pacotes turísticos (-2,56%). No entanto, já é possível notar também que­das importantes em outros serviços, como os prestados por salões de beleza, fechados desde a metade de março. É o caso dos serviços de manicure (-0,06), cabeleireiro e barbearia (-0,49%) e sobrancelha (-0,70).

As famílias brasileiras gas­taram 0,90% a menos com transportes em março, um impacto negativo de 0,18 pon­to percentual. Houve queda nos preços de todos os com­bustíveis pesquisados: etanol (-2,82%), óleo diesel (-2,55%), gasolina (-1,75%) e gás veicu­lar (-0,78%). O álcool e a ga­solina estiveram entre os itens com maior impacto negativo no IPCA do mês, com contri­buição negativa de -0,09 ponto percentual e -0,02 ponto por­centual para a inflação do mês, respectivamente.

INPC
O Índice Nacional de Pre­ços ao Consumidor (INPC), que mede a variação da cesta de compras de famílias com renda até cinco salários míni­mos (R$ 5.225), registrou infla­ção de 0,18% em março deste ano. A taxa é superior ao INPC de fevereiro (0,17%), segundo dados divulgados pelo IBGE. Acumula taxas de 0,54% no ano e de 3,31% em doze e ficou acima da inflação oficial.

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