Tribuna Ribeirão
Economia

Feriados vão ‘tirar’ R$ 15,8 bi do varejo

Rovena Rosa/Agência Brasil

O varejo no Brasil deixará de faturar R$ 15,8 bilhões com os doze feriados nacionais do ca­lendário oficial de 2021, aponta um levantamento da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). O montante, segundo a entidade, representa 0,8% do total que o setor vende ao longo de um ano.

A federação ainda prevê mais perdas financeiras para este ano, em parte influenciadas pela pandemia do novo corona­vírus. Antes da covid-19 chegar ao Brasil, a estimativa atual era de crescimento de 7,1% em re­lação ao ano passado.

Os novos hábitos e deter­minações decorrentes da luta contra o vírus, como o trabalho remoto, no entanto, reduzem a performance do comércio nos momentos de lazer ou de ida e regresso do trabalho, que esti­mulava o varejo com as chama­das “compras por impulso”.

A entidade avalia que os su­permercados serão os mais atin­gidos pelos feriados e registrarão um faturamento com queda de R$ 8 bilhões em comparação à projeção de 2020. Já consideran­do as variações, a maior perda será do setor de móveis e deco­rações, responsável por 20,9% a menos de faturamento previsto no ano passado.

Em seguida, estão as lojas de roupas e calçados (-19,6%) e as farmácias e perfumarias (-9%). Para o Estado de São Paulo, que conta com um feriado a mais no dia 9 de julho – data da Revolu­ção Constitucionalista de 1932 –, o prejuízo será de R$ 6,4 bi­lhões, 5,2% a mais do que o pre­visto no início do ano passado.

Na tendência dos dados na­cionais, os supermercados no Estado também terão a maior queda, cerca de R$ 3,53 bilhões. Para sobreviver à economia ins­tável pelos feriados, a Fecomer­cioSP indica o investimento nos serviços digitais, como a melho­ra do atendimento online e oti­mização dos espaços de compra pela internet.

Na contramão do varejo físi­co, a estimativa é que o comércio eletrônico cresça 6% em 2021, chegando a um faturamento anual de R$ 31,1 bilhões. Já para o setor do turismo, a Fecomer­cioSP orienta que os empresá­rios do setor deem mais atenção ao deslocamento de famílias mesmo em período de home office, demanda crescente no cenário nacional durante o perí­odo da pandemia. Dessa forma, os empresários aconselham que as estadias sejam flexíveis e as ta­rifas atrativas.

Em meio a uma pandemia e expectativa da chegada de vacinas, o ano de 2021 terá três feriados prolongados nacionais, sem considerar os estaduais e municipais e festejos como carnaval e Corpus Christi, que são pontos facultativos – e não feriados – em diversas cidades. Feriados prolongados são os que caem às segundas ou sex­tas-feiras, podendo ser emen­dados com os fins de semana.

O primeiro feriado nacional prolongado já aconteceu em 1º de janeiro, Dia da Confraterni­zação Universal e celebração do ano novo. Já em fevereiro haverá o carnaval, que não é feriado em todo o Brasil. Apenas algumas cidades o adotam como feriado; outras o consideram ponto fa­cultativo. Em 2021, a tradicional celebração carnavalesca é dúvi­da em muitos locais do país.

Além do dia 1º de janeiro, também são considerados fe­riados nacionais, estabelecidos na lei federal nº 10.607/2002, os dias 21 de abril (Tiradentes), 1º de maio (Dia do Trabalho), 7 de setembro (Independência do Brasil), 2 de novembro (Fi­nados), 15 de novembro (Pro­clamação da República) e 25 de dezembro (Natal). Dois destes feriados vão cair em finais de se­mana em 2021.

A prefeitura de Ribeirão Pre­to publicou, na edição do Diário Oficial do Município (DOM) de 27 de outubro, a relação de feriados e pontos facultativos para 2021. No total, serão 22 dias de folga para os servidores municipais – 13 feriados e nove pontos facultativos.

Neste ano, três feriados cai­rão no sábado: Dia Mundial do Trabalhador (Primeiro de maio), aniversário de Ribeirão Preto (19 de junho) e Natal (25 de dezembro). Já nove feriadões prolongados serão precedidos de ponto facultativo.

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