Tribuna Ribeirão
Justiça

STF julgará mais 131 extremistas

O Supremo Tribunal Fe­deral (STF) marcou para a próxima terça-feira, 23 de maio, o julgamento das de­núncias referentes a mais 131 envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro. É o sexto gru­po de investigados, totalizan­do 1.176 das 1.390 denúncias apresentadas pela Procura­doria-Geral da República (PGR), 84,6% do total.

O STF abriu, na madruga­da desta terça-feira (16), o jul­gamento de denúncias contra mais 250 envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro. Este é o quinto grupo de investi­gados, totalizando 1.045 das 1.390 denúncias apresentadas pela PGR, 75,2% do total.

Eles deverão responder pelos crimes de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democráti­co de Direito, golpe de estado, dano qualificado e incitação ao crime. O julgamento é virtual, modalidade em que os minis­tros depositam os votos em um sistema eletrônico e não há deliberação presencial.

O primeiro voto inserido no sistema foi proferido pelo relator, ministro Alexandre de Moraes. Como nos julgamen­tos dos grupos anteriores, o magistrado votou a favor das denúncias. Se a maioria dos ministros aceitar as denúncias, os acusados passarão a respon­der a uma ação penal e se tor­narão réus no processo.

Esta quinta etapa de jul­gamento dos extremistas bolsonaristas vai até as 23h59 da próxima segunda-feira, 22 de maio. O Supremo analisa o recebimento das acusações em blocos, semanalmente. As ações penais já abertas pelo STF devem ser abastecidas com informações extraídas em celulares apreendidos com os acusados presos em 8 de janeiro.

Moraes autorizou a Polícia Federal a acessar os aparelhos celulares de todos os acusados. A PF vai rastrear dados que podem ser úteis não só à ins­trução dos processos no STF, mas também às investigações sobre financiadores. Até o mo­mento, a Corte tornou réus 795 investigados, 57,2% do total.

Dos 1.390 presos, 253 pes­soas – 67 mulheres e 186 ho­mens – permanecem detidas no sistema penitenciário do Distrito Federal. Já as inves­tigações quanto a autores in­telectuais e financiadores dos crimes ainda não foram con­cluídas, assim como a apura­ção sobre suposta “omissão” de autoridades ante os atos de vandalismo.

Essa parte da apuração atinge o ex-ministro da Jus­tiça Anderson Torres e o governador do Distrito Fe­deral, Ibaneis Rocha. Com o recebimento das denúncias, as defesas são intimadas a se manifestar sobre as acusa­ções da Procuradoria-Geral da República e dá-se início à instrução das ações penais, com depoimentos e coleta de provas. Essa fase deve ocorrer ainda perante o Supremo.

Também na segunda-fei­ra, o STF formou maioria para tornar réus mais 245 envolvidos nos atos golpistas de 8 de janei­ro. Este é o quarto grupo de in­vestigados, totalizando 795 das 1.390 denúncias apresentadas pela Procuradoria-Geral da Re­pública, 57,2% do total.

São 245 incitadores e exe­cutores dos atos golpistas de 8 de janeiro. Em um primeiro momento, 250 denúncias ha­viam sido pautadas para julga­mento, mas a análise de cinco delas precisou ser adiada a pe­dido das defesas. Os advoga­dos alegaram problemas técni­cos para incluir as sustentações orais no sistema.

Na ocasião, as sedes do Congresso Nacional, do Su­premo Tribunal Federal e do Palácio do Planalto foram in­vadidas por vândalos. Os pre­juízos somam R$ 26,2 milhões. Este valor envolve R$ 11,4 mi­lhões referentes ao prédio do Supremo Tribunal Federal.

Ainda considera prejuí­zos calculados pelo Palácio do Planalto (R$ 7,9 milhões), Câmara dos Deputados (R$ 3,3 milhões) e Senado (R$ 3,5 milhões). O STF autorizou o bloqueio de bens e valores dos supostos financiadores até o li­mite de R$ 40 milhões.

Dez moradores da região de Ribeirão Preto já viraram réus. São seis de Franca, dois de Ribeirão Preto, um de Gua­riba e outro de Nuporanga. Eles responderão pelos crimes de associação criminosa arma­da, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de estado, dano qualificado e incitação ao crime.

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